Bolsonaro foi abandonado pelos militares nas vésperas do 7 de setembro

Militares abandonaram Jair Bolsonaro e dificultaram defesa do ex-presidente, dizem aliados

Nas vésperas do 7 de setembro, a falta de apoio entre os militares poderá ser crucial para o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo fontes próximas ao seu círculo íntimo.

O suporte que Bolsonaro costumava receber das forças armadas parece ter ruído, especialmente após o envolvimento do general Mauro Lourena Cid no controverso caso das joias.

O núcleo mais próximo de Jair Bolsonaro expressa preocupações crescentes sobre a falta de apoio militar, que poderá ter implicações significativas em sua defesa legal e até mesmo em sua eventual condenação e prisão.

A análise de seus aliados é de que o suporte entre os fardados diminuiu drasticamente, e essa tendência se acentuou com as revelações envolvendo o general Mauro Lourena Cid no caso das joias.

Essa informação é da jornalista Mônica Bergamo, na Folha.

Economia

Um abismo de apoio

Até recentemente, havia expectativas de que setores militares poderiam exercer influência sobre o Judiciário para favorecer Bolsonaro e também assegurar a liberdade do tenente-coronel Mauro Cid, filho do próprio general.

Mauro Cid, que já havia atuado como ajudante de ordens de Bolsonaro, tornou-se um elemento central nos escândalos que cercam o ex-presidente e encontra-se detido há mais de três meses.

No entanto, as evidências sugerem que tanto o tenente-coronel quanto o general estiveram envolvidos em supostas transações de caixa dois em benefício de Bolsonaro.

Essa descoberta minou seriamente qualquer tentativa de intervenção militar nos processos judiciais, deixando Bolsonaro sem o respaldo que poderia ter contado anteriormente.

Queda nas trincheiras

Consequentemente, a análise dos observadores é que tanto o tenente-coronel quanto o general optaram por se distanciar do problema, evitando qualquer associação prejudicial a eles ou às forças armadas como um todo.

A situação agravou a já abalada relação de Bolsonaro com os militares, levando a um cenário em que o ex-presidente enfrenta uma batalha jurídica cada vez mais difícil sem o apoio que costumava ser visto como garantido.

Joias, mensagens e suspeitas

O general Mauro Lourena Cid surgiu como peça-chave no escândalo quando mensagens atribuídas a seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, vieram à tona.

Essas mensagens sugerem que o pai teria auxiliado na comercialização de objetos de luxo pertencentes a Bolsonaro em mercados estrangeiros.

A investigação subsequentemente lançou suspeitas sobre o general por supostamente contribuir para um esquema de caixa dois relacionado à venda dessas joias.

O rastro de dinheiro vivo

Em meio às investigações da Polícia Federal, mensagens interceptadas revelaram que o tenente-coronel Mauro Cid mencionava uma quantia de US$ 25 mil, cerca de 120 mil reais, que o pai general supostamente tinha para entregar diretamente a Bolsonaro, em dinheiro vivo.

A defesa e o futuro incerto

A equipe de defesa de Jair Bolsonaro alega que as joias em questão foram catalogadas como parte de seu acervo pessoal, o que lhe daria o direito de vendê-las no exterior sem infringir a lei.

No entanto, a falta de apoio militar e as crescentes evidências relacionadas ao caso das joias lançam incertezas sobre o futuro do ex-presidente e seu envolvimento em possíveis práticas ilícitas.

À medida que nos aproximamos do emblemático 7 de setembro, a situação de Bolsonaro se torna cada vez mais complexa.

A falta de apoio entre os militares, uma vez vistos como seus aliados mais próximos, poderá ter repercussões duradouras em sua batalha legal e na percepção pública de seu legado político.

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2 Respostas para “Bolsonaro foi abandonado pelos militares nas vésperas do 7 de setembro”

  1. Li na mídia “convencional” ou “tradicional” que o Comandante do Exército, General Thomas Paiva, teve uma reunião com o pessoal da CPMI de 08/01/2023, e tratou de preservar a imagem das FA. Só que isso, bem dito, seria é preservar os Generais e Oficiais das FA que estão envolvidos em vários delitos, desde a incitação de golpe, a incompetência na pandemia e venda de jóias. O comentei à alguns dias atrás. A Constituição de 1988 é para todos e não só para alguns. Se querem moralizar o Brasil, os militares terão que pagar pelos seus erros. Se não daqui há alguns anos, teremos outra tentativa de golpe.

  2. Estas notícias foram rodadas por conta desta mídia podre! Quem é mônica bergamo????? Todos sabem! Se por um punhadinho de joias, ($ 120.000,00) as FFAA brasileiras se rastejaram para bater continência para o maior criminoso que já passou pelo governo brasileiro, então seria melhor que não as tivéssemos. Não acredito numa linha desta difamação! Sei que existem 6 ou 7 traidores da Pátria (marinha, exército e aeronáutica), mas no todo, nossas FFAA respeitam o mais honesto, o mais desenvolvimentista e o mais querido Presidente pelo povo brasileiro, desde o golpe de estado que proclamou a tal república, após a deposição do adorado e admirado Rei D. Pedro Segundo!

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