Beto Richa quer empréstimo “guarda-chuva” de R$ 1,7 bilhão

O governador Beto Richa (PSDB) planeja tomar emprestado US$ 650 milhões junto ao Banco Mundial (Bird) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O montante que o tucano quer reunir no caixa chega a R$ 1,7 bilhão, conforme apurou o repórter André Gonçalves, do jornal Gazeta do Povo, edição deste domingo (18).

O dinheiro a ser emprestado, segundo o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, seria utilizado como “guarda-chuva” em projetos de infraestrutura, assistência social, saúde e segurança pública. Ou seja, seria gasto nos próximos 3 anos de acordo com a conveniência e andamento do desempenho de cada área de governo.

O empréstimo “guarda-chuva” pretendido pelo governo do Paraná precisará ainda passar pelo crivo do Senado. Os três senadores do estado – Roberto Requião (PMDB), Sérgio Souza (PMDB) e Alvaro Dias (PSDB) — veem com desconfiança a operação financeira.

Além da bufunfa internacional, o governo do PSDB também quer outros R$ 580 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para investir, segundo ele, no metrô de Curitiba e na Arena da Baixada, que receberá os jogos da Copa de 2014.

Nenhum investimento está previsto para o interior, com exceção de Ponta Grossa e alguns poucos municípios de bases eleitorais de deputados do PSDB, que vem recebendo tratamento vip de Beto Richa.

O senador Sérgio Souza lembra que o único investimento autorizado pelo governo atual nos municípios do interior foi o recap asfáltico liberado no final do ano passado pelo ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), no valor de R$ 34 milhões, que atendeu 177 cidades.

Economia

O deputado estadual Enio Verri (PT), líder da Oposição na Assembleia Legislativa, observa que Beto Richa reduziu drasticamente os investimentos neste ano, embora a arrecadação tenha aumentado em R$ 1,8 bilhão nos últimos seis meses.

O petista diz que, até agora, é a presidenta Dilma Rousseff quem governa o Paraná, pois o governo federal investiu R$ 1,6 bilhão no estado somente em 2011.

à‰ um verdadeiro absurdo essa tentativa de endividamento do Paraná, mas vamos analisar. Se o empréstimo tiver um destino conhecido, claro, como por exemplo, a saúde pública, terá nosso apoio. Agora, empréstimos guarda-chuva, que podem se destinar ao que o governador quiser, em qualquer momento, eu não vou apoiar!, disse o senador Requião, à  Gazeta do Povo.

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