Beto Richa estuda censurar imprensa e redes sociais para abafar propina de R$ 2 milhões na Receita Estadual

richa_censura_propinaO governador Beto Richa (PSDB), acusado em delação premiada de ser beneficiário de propina na Receita Estadual, estuda pedido de sigilo nas investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) – braço policial do Ministério Público do Paraná. Se conseguir uma decisão favorável na Justiça, o tucano se livrará dos intensos debates pela imprensa e redes sociais.

Sempre que acuado, Richa recorreu à censura. Foi assim em 2010, na eleição que o elegeu pela primeira vez ao Palácio Iguaçu. Na época, ele judicializou pesquisas eleitorais de institutos renomados como Datafolha, Ibope, Vox Populi, etc., além de perseguir donos de perfis no Twitter e Facebook, sites e blogs no Paraná.

A senha para a censura foi dada neste domingo (17) por correligionários do governador do PSDB. Eles reclamam do promotor Jorge Barreto da Costa, do Gaeco, que tem dado publicidade e transparência às investigações da Operação Publicano.

O argumento principal do Palácio Iguaçu é que Richa não foi representado em ação penal e que o mesmo teve as contas de campanha aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Mas, alto lá, pois o deputado estadual Requião Filho (PMDB) informou hoje que esta semana vai protocolar pedido de cassação do governador e da vice, Cida Borghetti (PROS), com base no Artigo 350 do Código Eleitoral (clique aqui).

O objetivo dos palacianos é silenciar a imprensa, o Facebook e o Twitter com o decreto de sigilo nas investigações. Também é ganhar tempo para desqualificar o advogado Eduardo Duarte Ferreira e seu cliente, Luiz Antônio de Souza, auditor fiscal preso por corrupção, que delatou os R$ 2 milhões de propina na campanha de reeleição de Beto Richa.

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