Há um ‘falso de debate’ no ar sobre o suposto golpe de Jair Bolsonaro com apoio dos quartéis.
Nas redes sociais, vê-se insultos de parte a parte como “MILICO NÃO DÁ PALPITE” ou “#LulaNuncaMais” para divertir [desviar a atenção] do distinto público.
O debate é falso porque os militares estão sendo ‘brifados’ pelos jornalões para um crise inexiste para ocultar a discussão sobre a crise econômica no País.
A fuga continua sendo a tática da velha mídia corporativa, que torce por Bolsonaro, contra Lula.
O objetivo dos jornalões é manter Bolsonaro no oxigênio. O mandatário cessante está atrás nas pesquisas e pode perder já no 1º turno. Por isso a gritaria.
A tentativa de desviar do real debate foi intensificada com o indulto do presidente ao deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-JR); depois avançou para as requentadíssimas urnas eletrônicas; passou pelo bate-boca com a cantora Anitta; Daniela Mercury; etc.
O acerto no discurso da oposição, que utilizou o 1º de Maio para calibrar a pontaria, incomodou muito o establishment e o setor financeiro.
E qual seria o verdadeiro debate?
O desemprego, a fome, a inflação, a perda de compra dos salários e os preços abusivos nas tarifas do governo – como água, luz, combustíveis -, bem como a carestia.
A questão econômica tira o sono das elites, as mesmas que deram os sucessivos golpes de Estado desde a Proclamação da República em 1889.
Desconfie do “apreço” da velha mídia golpista com a democracia. Como diz a música do Barão Vermelho, declare guerra para quem finge te amar.
O ‘falso debate’ também oculta a tendência de o eleitorado inclinar-se para a mudança, qual seja, escolhendo Lula como próximo presidente.
E como se combate o ‘falso debate’ nas eleições de 2022?
Ora bola, carambolas. Fazendo aliança com o povo, mobilizando-o, saindo às ruas, e ampliando a denúncia do colapso econômico.
Em outubro, o bolso será o principal título de eleitor.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.