A fuga do Jair: Bolsonaro ficará um mês nos EUA

O presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) vai fugir do compromisso de transferir o cargo e a faixa para o sucessor Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ainda inquilino do Palácio do Planalto ficará um mês nos EUA, a partir de domingo (1º de janeiro de 2023).

De acordo com o Diário Oficial da União, Bolsonaro programou viagem para Miami, na Flórida, Estados Unidos, de 1º a 30 de janeiro, às expensas do tesouro nacional. Ele levará consigo quatro assessores: Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Cordeiro, Osmar Crivelatti e Ricardo Dias.

Ao deixar o cargo, Bolsonaro terá direito a 8 assessores.

O Diário Oficial da União desta sexta-feira (30/12) trouxe a seguinte publicação sobre a viagem de Bolsonaro nos EUA:

“Resolve autorizar o afastamento do país dos servidores nomeados para compor o apoio a ex-presidentes da República da Diretoria de Gestão de Pessoas da Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República, para realizar o assessoramento, a segurança e o apoio pessoal do futuro ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, em agenda internacional a realizar-se em Miami/Estados Unidos da América, no período de 1º a 30 de janeiro de 2023.”

A fuga do presidente Jair Bolsonaro para o estrangeiro é assunto corriqueiro nos bastidores da política e nas conversas de fim de ano nas famílias brasileiras. Muito se fala que a viagem é para que a justiça não o alcance quando perder o foro por prerrogativa de função, no entanto, também há quem veja esse período sabático como tática para reorganizar a oposição a Lula – o que é mais crível do ponto de vista político.

Economia

Pelo sim pelo não, o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a viagem de Bolsonaro ao exterior no final de seu mandato.

O presidente cessante deve viajar em avião da FAB (Força Aérea Brasileira) à Flórida até esta sexta-feira (30/12), segundo amigos próximos dele.

Para o deputado petista, se faz necessário a adoção de medidas preventivas e cautelares para evitar que o dano ao patrimônio público material e moral se concretize, “incluindo eventual prestação de informações pelos órgãos federais supostamente envolvidos na narrativa, bem como do próprio presidente da República.”

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