- A pergunta cuja a resposta vale um bilhão de dólares: “A quem interessa a compra da Covaxin superfaturada em 1.000%?”
Nas redes sociais, nesta terça-feira (23/6), pergunta-se exaustivamente a quem interessaria a compra da vacina indiana Covaxin com superfaturamento em até mil por cento.
A CPI da Covid concordou em remarcar para a semana que vem a oitiva com o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos. O depoente deve esclarecer se houve algum tipo de irregularidade no processo de compra da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Barath Biotech.
O depoente iria comparecer nesta quarta, mas ele informou à comissão que chegou esta semana de viagem da Índia e está em quarentena –como determinam as autoridades sanitárias.
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A convocação obedece ao requerimento de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que quer saber dos “exatos termos das tratativas” entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para aquisição da Covaxin “apurando-se eventual beneficiamento ilícito”. Esse contrato foi o único realizado pelo Brasil que contou com a intermediação de uma empresa.
Uma das linhas de investigação da CPI é a apuração da negociação entre o empresário e o governo brasileiro sobre possível benefício para a aquisição de um imunizante que apresentava um preço quatro vezes maior, por exemplo, do que as vacinas que já estavam em tratativas no país, como a AstraZeneca. Os senadores buscam esclarecer também se houve alguma pressão para que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizasse o uso do imunizante no Brasil. A compra e inclusão do imunizante no Plano Nacional de Imunização (PNI) foram realizadas antes mesmo da sua aprovação pela Anvisa.