Velha mídia e “mercado” não têm colhões para o impeachment de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro já não governa desde que assumiu em 1º de janeiro de 2019. Ele foi uma acidente de percurso na história, como outros havido antes, que está prestes a ser corrigido –para o bem ou para o mal. Dito isso, a velha mídia corporativa e o dito “mercado” –bancos e especuladores– não têm colhões para acelerar o impeachment do mandatário.

“Mercado”, isto é, bancos e especuladores, se confunde a velha mídia porque eles controlam os jornalões brasileiros por meio de fundos de investimentos. São sinônimos, a mesma coisa, portanto. Juntos, bancos e mídia nunca ganharam tanto dinheiro quanto na pandemia.

Por que o impeachment não ganha velocidade de cruzeiro entre a velha mídia e o mercado? Porque eles buscam uma “terceira via” de direita que substitua Bolsonaro. Não querem arriscar tirar o presidente sem ter um nome que o substitua, que enfrente o ex-presidente Lula e o PT nas eleições de 2022.

Enquanto não encontra um “Calça Apertada” à altura, a velha mídia chantageia Jair Bolsonaro: “Se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinar o Orçamento do governo para 2021 como foi aprovado pelo Congresso, o risco de impeachment vai entrar definitivamente no radar do mercado.” O recado explícito partiu do grupo UOL/Folha, que é um banco (PagBank, Moderinha, etc.).

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Bolsonaro enviou ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2021 com cálculos desatualizados que já deixaria um rombo de R$ 22,4 bilhões. No legislativo, os parlamentares aumentaram ainda mais as despesas, em mais R$ 26,5 bilhões.

Economia

Como se vê, há uma disputa pelo Orçamento da União. Os bancos e a velha mídia querem ficar com o dinheiro da sociedade para pagamento de juros e amortizações da dívida pública interna, que nunca foi auditada.

As mais de 350 mil mortes e 13 milhões casos de covid na pandemia, aos interesses da velha mídia e dos bancos, não passa de um subterfúgio para desgastar e dobrar Bolsonaro.

Por nada, em 2016, uma mulher sabidamente honesta como Dilma Rousseff foi derrubada com o golpe de Estado.

Reservadas as diferenças de conjuntura e de motivos, Bolsonaro parece ser mais frágil que a ex-presidenta petista. Ao primeiro sopro, o “Capitão Cloroquina” desaba como se fosse cartas. No entanto, velha mídia e “mercado” não têm colhões para o impeachment. Nem para bancar uma CPI da Covid –porque não desejam isso.

O presidente Jair Bolsonaro derreteu, não existe mais, porém, ele é mantido “vivo” no jogo por aparelhos.