O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), voltou volta atrás e suspendeu início das aulas presenciais que estava previsto para o próximo dia 18 de fevereiro.
O recuo do mandatário ocorreu após semanas de polêmica com educadores sobre o retorno presencial na constância da pandemia e na ausência de vacinação.
A APP-Sindicato, entidade que representa mais de 120 mil profissionais da educação no Paraná, disse que soube por meio imprensa a decisão do governo em adiar o retorno das aulas presenciais.
Desde o anúncio de que as aulas seriam retomadas de maneira presencial, o sindicato e a categoria se colocaram contra a medida, pois consideram que as escolas estaduais não têm estrutura adequada para garantir o retorno seguro para profissionais e estudantes.
Especialistas ouvidos pelo sindicato apontaram que o retorno aumentaria e muito a disseminação do vírus, principalmente depois da constatação de uma nova cepa ainda mais contagiosa. Isso poderia levar o Estado a uma situação de colapso na saúde como já ocorre em outras regiões como o norte do país.
Segundo Lucas Ferrante, biólogo e doutorando do programa de Biologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), “é impensável a volta às aulas presenciais para qualquer local do Brasil neste momento, justamente para impedirmos o espalhamento da variante que surgiu no Amazonas.”
A APP-Sindicato continua empenhada em que os profissionais da educação sejam considerados como prioridade na vacinação e, mais que ninguém, anseia pelo retorno à normalidade, desde que com segurança para todos.
A entidade do magistério havia marcado greve dos professores e funcionários de escola a partir do dia 18, no entanto, a APP aguarda a confirmação oficial do recuo de Ratinho para suspender a paralisação.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.