Bolsonaro completa hoje 65 anos; fim do inferno astral ou é só o começo?

Foto: Adriano Machado/REUTERS
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) completa 65 anos de idade neste sábado (21) sob intenso bombardeio por causa do coronavírus e a crise econômica que assola o Brasil.

A esse período que antecede os 30 dias do aniversário do camarada, a astrologia chama de “inferno astral”. É um momento em que o pré-aniversariante fica introspectivo e reflexivo, pois se trata do encerramento de um ciclo. É também quando o sujeito se depara com medos e fragilidades.

O “inferno astral” é um período exige tempo para autoconhecimento e fortalecimento emocional.

Porém, no caso de Bolsonaro, seu “inferno astral” parecer um “moto perpétuo” — uma máquina de movimento perpétuo rumo ao caos.

Prestes a fazer seu terceiro teste para coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro é alvo de zoeiras nas redes sociais, a oposição exige que ele mostre o resultado dos exames para COVID-19 e ele é ameaçado de impeachment devido seu despreparo para a função.

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Sem em guerra verbal com uma nação (agora é a China), Bolsonaro tem hábito de culpar a mídia –embora ela seja a responsável por pari-lo em 2018 e pelo desastre na economia neoliberal– e a trata como sua tutora.

“Daqui a dois dias vai ter uma festa aqui em casa. Atenção, imprensa, vai ter uma festa aqui em casa no meu aniversário: eu, minha esposa e as duas filhas. Ou será que estou proibido de fazer essa festinha em casa?”, disse na quinta-feira (19), durante sua live semanal.

O presidente Jair Bolsonaro comemora hoje 65 anos com 978 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 25 estados e no Distrito Federal. São 11 mortes no Brasil, duas no Rio de Janeiro e chegou a nove em São Paulo.

Também pesa sob os ombros de Bolsonaro a recessão na economia, que agora avança para a paralisação total com o isolamento social imposto pelas autoridades sanitárias do País. O cenário é propício para o impeachment cuja votação, por óbvio, seria por meio de plenário virtual no Congresso Nacional.

Portanto, o “inferno astral” de Bolsonaro continua não devido ao mau-humor dos astros. Pelo contrário. Mas por falta de projeto de nação, inaptidão para o cargo e massacre da classe trabalhadora brasileira ameaçada de novo corte pela metade no salário.

Em tempo: manifestantes contrários a Bolsonaro irão lembrar de seu aniversário, hoje à noite, batendo panelas pela quarta vez na semana.