A crise na Companhia Estadual de Água e Esgotos (Cedae) e a qualidade da água que chega às casas da população fluminense serão alvo de investigação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Deputados obtiveram o número suficiente de assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta terça-feira (4), um dia depois de a Cedae detectar detergente na Estação de Tratamento do Guandu e paralisar o fornecimento de água por algumas horas.
Desde janeiro, moradores do Rio e da Baixada Fluminense reclamam da cor marrom, do cheiro e gosto de terra na água que chega nas torneiras. A Cedae atribuiu o problema à presença de geosmina, uma substância produzida a partir de um tipo de microalga.
A crise da Cedae, porém, é mais profunda e tem relação direta com manobras político-partidárias e com a gestão da companhia, que está no alvo das privatizações do governador Wilson Witzel (PSC).
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O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), afirmou que o presidente da Cedae, Hélio Cabral, será convocado para prestar esclarecimentos sobre a crise no abastecimento. O parlamentar lembrou que os trabalhos de investigação de uma CPI têm prazo de 180 dias, que podem ser prorrogados, mas a solução para o abastecimento precisa ser imediata.
Segundo ele, também serão convidados os engenheiros que foram demitidos da companhia no início de 2019. A convocação deverá ser feita por uma das comissões permanentes da Casa nos próximos dias.
As informações são do Brasil de Fato.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.