Reforma da previdência subiu no telhado com ação da Lava Jato no Senado

A ação da Polícia Federal no Congresso Nacional, esta semana, colocou a reforma da previdência em cima do telhado. O impasse é de tal monta que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deixou para descascar o abacaxi na volta de Nova York, qual seja, daqui 10 dias, após participação na Assembleia Geral da ONU.

Bolsonaro ‘decidiu não decidir’ a bronca envolvendo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e o ministro da Justiça, Sério Moro, acusado de ter liberado ação policial para intimidar adversários no Congresso.

‘Ou eu ou ele’, teria dito o líder governista ao pedir a cabeça de Moro.

O ultimato de Bezerra Coelho foi seguido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que em outra oportunidade chegara até defender a prisão do ex-juiz da Lava Jato à luz dos escândalos da #VazaJato.

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Mais do que amedrontar Bolsonaro, a ameaça à reforma da previdência é um susto para o sistema financeiro –que quer se capitalizar com a poupança previdenciária dos trabalhadores– e um uma possibilidade de diminuição de receita para a mídia comercial, que torce pelo sucesso dos bancos privados.

Além de Bolsonaro entrar em xeque, também ficaram numa sinuca de bico a Globo e os especuladores. Afinal, escolher quem? Ou Moro, que bisbilhota aqui e ali, ou o Senado que pode votar ou arquivar a reforma da previdência?

Portanto, o presidente Jair Bolsonaro vive um drama parecido com a ‘Escolha de Sofia’ –nesse contexto de Estado Policial e de retirada de direitos do povo brasileiro.