Dodge “passa pano” para Dallagnol e sustenta a lava jato

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reuniu-se ontem com os procuradores da lava jato, entre eles Deltan Dallagnol, e escolheu defender os procuradores mesmo com todas as evidências de má conduta reveladas pela imprensa.

Após à reunião, Raquel levantou questionamentos sobre o conteúdo divulgado desde junho pelo site The Intercept Brasil e defendeu o Ministério Público Federal (MPF).

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Apesar das revelações feitas até agora, a procuradora falou em “dúvidas jurídicas” sobre os fatos divulgados e acrescentou que o material do Intercept ainda não foi encaminhado “às autoridades públicas” para conferir sua autenticidade – mesmo já tendo sido verificado e usado por diversos veículos de comunicação.

Havia quem esperasse algum pedido de explicações por parte do coordenador da força-tarefa, constantemente citado em mensagens para outros procuradores e para o então juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça, interpretadas como conduta indevida e conluio no processo que levou à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas a reunião serviu para manifestar apoio à operação. Houve, no máximo, um pedido aos procuradores para que mantenham a “ponderação” em suas atividades.

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O corregedor-geral do MPF, Oswaldo José Barbosa Silva, foi além e identificou uma tentativa “agressiva” de diminuir o papel da instituição. Durante a reunião, ele informou ter recebido quatro representações com pedidos de apuração da conduta dos procuradores.

E acrescentou que, “com amparo da jurisprudência” do Supremo, todos os pedidos foram arquivados – com base na “imprestabilidade da prova”. Em português mais comum, provas imprestáveis, segundo essa avaliação.

Ou seja, no âmbito do MPF, está tudo dominado. Nenhuma surpresa.

Com informações da Rede Brasil Atual.