Ratinho enfrenta crescimento de greve no Paraná; assista ao vídeo

Cerca de 90% das escolas da rede pública do Paraná aderiram à greve iniciada na terça-feira, dia 25 de junho, contra o que os educadores consideram “calote” do governador Ratinho Junior (PSD) e o congelamento de reajustes, avanços e progressões na carreira.

A rede pública estadual paranaense possui 2,1 mil estabelecimentos e 100 mil profissionais do magistério, entre professores e funcionários de escola.

A greve também é contra a reforma da previdência do governo federal e a precarização da mão de obra, aqui no estado, sobretudo de trabalhadores contratados no regime PSS (Processo Seletivo Simplificado) –que agora terão de pagara para fazer uma “prova” de admissão.

Além dos educadores da educação básica, professores e funcionários de universidades estaduais, bem como servidores de outros setores também cruzam os braços contra as medidas de Ratinho Junior.

Todas as categorias dos servidores públicos que participam na greve unificada somam 200 mil em todo o estado, segundo as entidades que organizam o movimento paredista.

A APP-Sindicato, um dos principais do país, acusa o filho do apresentador Ratinho de “autoritário” por se recusar a dialogar com os grevistas.

Economia

“O governador está agindo de forma autoritária e desrespeita os servidores ao afirmar que apenas sindicalistas estariam em greve”, disse o presidente da APP, professor Hermes Leão.

Veja o que defendem os educadores do Paraná:

• Contra o Desmonte da Escola Pública;

• Melhores Condições de Trabalho;

• Valorização Profissional;

• Defesa da Previdência Pública;

• defesa do Piso Nacional;

• realização de concurso público e manutenção do processo de seleção de professores(as) PSS, conforme vigência atual;

• pagamento do piso mínimo regional e reajuste do auxílio-transporte e alimentação para os(as) funcionários(as) de escola;

• manutenção, conforme o previsto em lei, do processo de eleição de diretores(as) de escolas;

• defesa da jornada de trabalho em horas-aula para os(as) professores(as), pedagogos(as) e readaptados(as) e da hora-atividade;

• contra o intervencionismo pedagógico nas escolas (tutorias, Prova Paraná, controle de frequencia dos(as) estudantes, pressão por resultados, Escola Segura entre outros); e

• abertura de novas turmas do PDE e manutenção do Pró-funcionário, que são programas estruturais e permitem avanços na carreira.

O que reivindicam os servidores estaduais:

– Pagamento da Data-base;

– Retirada do Projeto de Lei Complementar 4/2019 da ALEP que destrói a carreira do funcionalismo público estadual;

– Abertura de concurso público;

– Defesa da Previdência Pública;

– Humanização da perícia médica no Estado;

– Melhores condições de atendimento da saúde dos(as) servidores(as);

– Garantia do direito de greve e retirada das faltas atribuídas ilegalmente; e

– Concessão de licenças especiais.

Acompanhe o ato na manhã desta sexta-feira, dia 28, em frente à Secretaria de Estado da Educação (SEED):