Morre Carlos Eugênio, o último comandante da ALN de Marighella

Morreu neste sábado (29), em Ribeirão Preto (SP), o músico, escritor e ex-guerrilheiro Carlos Eugênio da Paz. Conhecido pelo codinome “Clemente”, durante a luta armada contra a ditadura militar, Carlos Eugênio foi o último comandante da Ação Libertadora Nacional (ALN), assumindo o posto após os assassinatos de Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira.

Nascido em Maceió (AL), em 23 de julho de 1950, se mudou com a família para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Pedro II. Militante da ALN, participou ativamente de inúmeras ações contra a ditadura militar, entre elas o justiçamento do industrial dinamarquês Henning Boilesen, executivo da Ultragás, um dos principais financiadores da Operação Bandeirantes (OBAN).

Em 1973, Clemente vai para Havana e de lá segue para a União Soviética e a Iugoslávia, de onde retorna para o Brasil em 1981.

De volta ao Brasil, Carlos Eugênio trabalhou como professor de Música e escreveu dois livros sobre a resistência à ditadura: Viagem à luta armada (1996) e Nas trilhas da ALN (1997).