Bolsonaro promete 40 pontos na CNH

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afrouxa onde não precisa, como na pontuação da carteira nacional de habilitação, a famigerada CNH, mas deixa correr solto questões que mereceriam mais pulso forte do Estado.

O liberalismo às avessas do presidente ora permite intervenção nos preços da Petrobras como este de sexta-feira, que baixou o diesel e a gasolina, ora corta verbas da educação e da saúde para fazer o superávit primário e encher as burras dos banqueiros.

Bolsonaro tem sido bastante pendular nessas questões mais simbólicas como CNH, multas de radares móveis, bagagem excedente para passageiro de companhia aérea, etc., portanto não é de estranhar que ele volte atrás dos “pontos” prometidos… [Aliás, ele recuou da ideia da gratuidade na bagagem e anunciou que irá vetar dispositivo aprovado pelo Congresso.]

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Pois bem, Jair Bolsonaro confirmou neste domingo (2) que enviará, nos próximos dias, um projeto de lei ao Congresso para aumentar a validade da carteira nacional de habilitação (CNH) e dobrar o limite de pontos para a suspensão do documento. Essa “simples” medida importa na renúncia de receita. Na rede social Twitter, ele escreveu que apresentará a proposta ainda esta semana.

“Nessa semana apresentarei projeto de lei para: 1 – Passar de 5 para 10 anos a validade da Carteira de Habilitação; 2 – Passar de 20 para 40 pontos o limite para perder a CNH”, postou o presidente.

Economia

A postagem veio acompanhada de um vídeo em que Bolsonaro elogiou o uso do Exército na recuperação da BR-163. Ele disse que a utilização dos militares na rodovia é mais barata e fornece “mais confiança no trabalho”. Segundo o presidente, o envolvimento dos militares reduziu a pressão pela ocupação de cargos em comissão no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

No mesmo vídeo, o presidente disse estar engajado em interromper a instalação de radares eletrônicos nas rodovias federais. Ele declarou que o Ministério da Infraestrutura tinha 8 mil processos para a instalação de radares que consumiriam R$ 1 bilhão em quatro anos. Bolsonaro declarou que a interrupção na instalação dos radares representará um golpe na indústria de multas.

Com informações da Agência Brasil