O governo do presidente Bolsonaro e a sua Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão encarando a Igreja Católica como um potencial inimigo, capaz de fazer forte oposição.
E não é só a Igreja existente no Brasil. O próprio Papa Francisco é visto como um comunista inveterado capaz de atrapalhar e muito os planos da extrema direita.
Um evento está causando calafrios no General Augusto Heleno que comanda a Abin. É o Sínodo sobre a Amazônia; que é um ciclo de debates com lideranças da Igreja de todo o mundo.
O Sínodo vai discutir a realidade de índios, ribeirinhos e demais povos da Amazônia. Também serão debatidos o problema do desmatamento, as mudanças climáticas e os conflitos de terra na região.
O General Heleno afirmou que possíveis críticas vindas do Vaticano seriam interferência em assuntos internos do Brasil. Mas esse é o mesmo governo que ameaça invadir a Venezuela. Dois pesos, duas medidas.
Outras medidas do governo Bolsonaro devem entrar em conflito com as convicções católicas, como a liberação das armas, a “licença para matar” e o encarceramento em massa, propostos pelo ministro Moro, e outras.
Com a palavra o Papa e os Bispos do Brasil.
Com informações do Estadão.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.