Em entrevista à BBC nesta terça-feira (12), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que vai resistir às pressões para que convoque eleições antecipadas e que os EUA tentam criar “uma crise humanitária para justificar uma intervenção militar” no país.
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Maduro disse à BBC que é o “presidente constitucional” da Venezuela e que Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país em 23 de janeiro, integra um “plano golpista” contra a Venezuela orquestrado pelo governo de Donald Trump.
“Os Estados Unidos tentaram criar uma crise humanitária para justificar uma intervenção militar. Nós dizemos não às migalhas que pretendem trazer”, afirmou o presidente.
“O governo Donald Trump sequestrou US$ 10 bilhões de contas bancárias e outros bilhões em ouro em Londres que são nossos, dinheiro com que iríamos comprar alimentos, remédios e insumos. Se querem ajudar a Venezuela, que liberem os recursos”, completou.
Questionado na entrevista se convocaria eleições antecipadas no país, Maduro disse que a única eleição que ainda não foi realizada e que “certamente será adiantada é a do Parlamento”.
O presidente venezuelano também afirmou na entrevista que “o império americano, da extrema direita e da Ku Klux Klan que hoje governa a Casa Branca quer se apoderar da Venezuela”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.