A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal do Paraná, carcereira do ex-presidente Lula, não sabe como agir diante do pedido do ex-presidente para se despedir do irmão Vavá morto nesta terça (29).
O enterro de Genival Inácio da Silva, o Vavá, 79 anos, será às 13 horas no Cemitério da Paulicélia, em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Para a direção nacional do PT, ao pedir a opinião do Ministério Público Federal para a solicitação de Lula, a magistrada Carolina Lebbos estaria “enrolando mais uma vez” para proibir o ex-presidente de dizer adeus a seu irmão.
“Até a ditadura militar permitiu a Lula, nos anos 80, ir ao velório da mãe dona Lindu”, comparam os dirigentes petistas, que invocam a questão de “humanidade” e da Constituição Federal.
O vice-presidente general Hamilton Mourão, contrariando o lenga-lenga da Justiça Federal, concordou hoje que a presença de Lula no velório do irmão é questão humanitária.
” É uma questão humanitária. A gente perder um irmão é sempre uma coisa triste, eu já perdi o meu e sei como é que é”, declarou Mourão.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, protestou nas redes sociais:
Lula tem direito de ver Vavá, seu irmão. A lei diz q é o diretor do estabelecimento onde ele está preso q libera! Pq Moro ñ autoriza?! Estão no jogo de empurra, ouvindo o Ministério Publico?! A ditadura militar liberou Lula p/ o enterro de sua mãe!#LiberemLula#LulaComFamilia pic.twitter.com/b1JJF5e4wx
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 29 de janeiro de 2019
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.