Golpe tenta se reinventar com Bolsonaro após derrota nas urnas

Os principais expoentes do golpe que botou Michel Temer no poder, em 2016, perderam a eleição deste domingo. O senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo no Senado, não foi reeleito, por exemplo.

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A tarefa do golpe agora é se reinventar politicamente sob a bandeira de Jair Bolsonaro (PSL) que, na sessão do impeachment, fez questão de parabenizar o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso em Curitiba.

“Parabéns presidente Eduardo Cunha [pela condução desta Casa]”, disse no dia 17 de abril de 2016.

Cunha, aliás, não conseguiu eleger sua filha Danielle à Câmara.

Tampouco a participação no movimento golpista garantiu a reeleição de Cristovam Buarque (PPS-DF) ou a eleição de Mendonça Filho (DEM-PE) e Bruno Araújo, ministros da Educação e das Cidades, respectivamente, na era Temer.

Economia

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista na Câmara, também dançou. Não conseguiu renovar o mandato.

Do ponto de vista econômico, Bolsonaro defende as mesmas barbaridades que Temer e aliados derrotados defendem contra os trabalhadores. Vide nas questões das reformas trabalhista e previdenciária.

O Tinhoso também não deu sorte para Sarney Filho (PV), do Maranhão, nem ao senador Edison Lobão (MDB-PI), que igualmente ficou na estrada.

Entretanto, o golpe conseguiu alguns trunfos com seu antipetismo.

Dilma Rousseff (PT) não foi eleita em Minas e Roberto Requião (MDB) perdeu no Paraná. Ambos lideravam as pesquisas, mas foram desfavorecidos por ações midiáticas da lava jato contra o PT e com fake news da tropa de choque de Bolsonaro.

Abaixo, relembre o discurso de Bolsonaro: