Damous: STF se comportou como um órgão das elites no caso das terceirizações

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) criticou, em vídeo nas redes sociais, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou constitucional, nesta quinta (30), por 7 votos a quatro, a terceirização de atividades finalísticas: “O STF – como sempre tem feito nos últimos tempos – tomou partido. Tomou partido das classes dominantes. Tomou partido dos empresários. Tomou partido contra a classe trabalhadora. Disse sim à reforma trabalhista e não à CLT”, sentenciou.

Segundo o parlamentar, que é advogado trabalhista e ex-presidente da OAB-RJ, esse é um dos piores itens da reforma trabalhista. “A decisão julgou constitucional a terceirização ampla, geral e irrestrita. Significa, em síntese, dizer o seguinte: o empregado é empregado sempre, agora, quem é o patrão dele? é o tomador de serviços ou aquele que o contratou originariamente? quando ele for demitido a quem ele vai pleitear seus direitos?”, indagou.

Damous considerou que o STF se comportou como um órgão das elites, das classes dominantes, de costas para o povo. Para ele a decisão é uma chancela da precarização nas relações de trabalho. “O STF disse sim à indignidade nas relações de trabalho e disse não à dignidade da classe trabalhadora. Mas, para a classe trabalhadora não existem derrotas definitivas e sim vitórias adiadas”, pontuou.

“Nós temos um homem que está preso em Curitiba que de uma penada resolveria todos esses problemas. Ele é o presidente Lula, nosso candidato. Caso em mais um ato desse tipo o presidente Lula tiver sua candidatura inviabilizada, qualquer companheiro nosso – como por exemplo, o companheiro Fernando Haddad – tem o compromisso de revogar a reforma trabalhista”, completou Damous. “Nós vamos restabelecer a dignidade dos trabalhadores. Vamos restabelecer a dignidade do emprego, a dignidade da carteira de trabalho”, concluiu.