Petro, o ‘bitcoin chavista’, uma arma contra as sanções de Trump

Em dezembro do ano passado, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciava a criação da Petro, uma criptomoeda lastreada na principal riqueza do país, as reservas petrolíferas. O anúncio foi visto como mais um lance de propaganda política do governo bolivariano.

Porém, nesses três meses, um sistema progressivo de vendas foi estabelecido para a criptomoeda. Em 20 de fevereiro, o governo de Maduro lançou oficialmente a Petro. Nesta semana, segundo informou a agência venezuelana de notícias AVN, a pré-venda da criptomoeda alcançou US$ 5 bilhões de dólares em 127 países em apenas um mês, inclusive com a participação da Rússia, EUA, Espanha, Coreia do Sul, Cuba, Japão, França e China.

Portanto, a Venezuela tornou-se o primeiro país a ter sua própria criptomoeda garantida pelas reservas de petróleo. O presidente Maduro afirmou que a Petro tinha como uma das finalidades “contornar as sanções econômicas” impostas ao país.

Na última segunda-feira (19), o presidente norteamericano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que impõe novas sanções contra a Venezuela por causa da Petro e proibiu qualquer tipo de transação com a criptomoeda nos EUA. Com a medida, a guerra movida pelo governo dos EUA contra o regime chavista alcança um novo front: o das moedas virtuais.

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