General que defendeu intervenção militar não será punido, diz comandante do Exército

Saiu barato para o general Antonio Hamilton Mourão, que, nesta semana, defendeu a intervenção militar para conter as crises política e institucional no país.

O comandante do Exército brasileiro, Eduardo Villas Bôas, disse que o general não será punido pela polêmica declaração durante uma palestra promovida pela maçonaria de Brasília.

Mourão afirmou que “seus companheiros do Alto Comando do Exército” entendem que uma “intervenção militar” poderá ser adotada se o Judiciário “não solucionar o problema político”, em referência aos escândalos de corrupção envolvendo políticos.

Em entrevista a Pedro Bial, exibida na madrugada desta quarta (20) pela TV Globo, o comandante afirmou ao apresentador que já conversou com Mourão “para colocar as coisas no lugar, mas punição, não”.

Segundo Villas Bôas, a possibilidade de intervenções militares “ocorre permanentemente” e disse que “as Forças Armadas têm mandato para fazer [uma intervenção militar] na iminência de um caos”.

“Se você recorrer ao que está na Constituição, no artigo 142, como atribuição das Forças Armadas, diz que as Forças podem ser empregadas na garantia da lei e da ordem por iniciativa de um dos poderes”, defendeu o comandante ao negar que o general tenha cometido alguma infração.

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Villas Bôas citou as recentes atuações do Exército para conter ondas de violência no Espírito Santo e no Rio de Janeiro para justificar a fala do general.

“O texto diz que o Exército se destina à defesa da pátria e das instituições. Essa defesa poderá ocorrer por iniciativa de um dos poderes, ou na iminência de um caos. As Forças Armadas têm mandato para fazer”, disse.

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