O governador Beto Richa (PSDB) não terá arrego dos mais de cem mil professores e servidores das 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná, que neste sábado (22) completaram cinco dias de greve. Por decisão da assembleia da categoria, no começo desta tarde, o movimento paredista continua por tempo indeterminado.
Como a votação entre continuar greve e suspender greve não pode ser contada por contraste visual, a direção da APP-Sindicato contou voto a voto. O resultado foi contra a enrolação do tucano, por 724 votos a 719, que pretendia desmobilizar a greve dos educadores.
Embora o resultado da votação na assembleia tenha sido apertadíssimo, prevaleceu o clima de unidade entre os profissionais do magistério paranaense — contra o desmonte da educação pública e a retirada de direitos pelo governador tucano.
Portanto, além da greve na educação básica, Richa ainda continuará enfrentando a greve nas universidades estaduais e na Polícia Civil.
Os 250 mil servidores estaduais paralisaram suas atividades contra o calote do governador do PSDB na reposição inflacionária no salário, como prevê a lei da data-base firmada e aprovada pela Assembleia Legislativa após a histórica greve do ano passado.
Também tira o sono de Beto Richa a ocupação de 900 escolas da rede pública. Mas, com a continuidade da greve dos educadores, esse número tende a saltar para mais de mil na semana que vem.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.