Evidentemente que não. São irmãos siameses a retirada de direitos e o golpe de Estado em curso no país.
Se avançar o golpe no Senado no fim deste mês, em setembro começará ser votado o fim das férias, do 13º salário, fim do adicional noturno, aumento da idade para 70 anos na aposentadoria, privatizações, dentre outras maldades contra os trabalhadores.
Já houve uma prévia sobre o fim desses direitos com a votação da “pronuncia do juízo” pelo Senado: 59 votos favoráveis e 21 contrários.
Não será por falta de aviso de que o impeachment de Dilma Rousseff visa apenas remover um obstáculo à retirada de direitos trabalhistas.
Após o golpe, não terá como chorar o leite derramado nem a confirmação do usurpador Michel Temer (PMDB).
Paralelamente ao ataque às conquistas trabalhistas também ganhará celeridade o ataque às conquistas sociais tais como fim do SUS, redução de investimentos em áreas como saúde, educação e habitação, etc.
Decretar-se-á o fim do Estado Social e a volta do Estado Liberal, superado na metade do século XX pelos países mais desenvolvidos. Portanto, o Brasil opera uma marcha à ré na História sem precedentes.
O povo nem os parlamentares não poderão alegar ignorância diante da pauperização absoluta que se avizinha. Ninguém.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.