Derrotado pelas ruas, Michel Temer recria Ministério da Cultura

Caetano e Erasmo , da Tropicália e da Jovem Guarda, tocaram juntos ontem à noite contra o golpe, no Ocupa MinC RJ. Foto: Katiana Tortorelli/Mídia NINJA.
Caetano e Erasmo , da Tropicália e da Jovem Guarda, tocaram juntos ontem à noite contra o golpe, no Ocupa MinC RJ. Foto: Katiana Tortorelli/Mídia NINJA.
O presidente provisório Michel Temer não suportou a pressão das ruas — e principalmente da classe artística — e por isso anunciou, neste sábado (21), a recriação do Ministério da Cultura, extinto no último dia 12 após a consumação do golpe de Estado.

O novo titular da pasta será será Marcelo Calero, anunciado na última quarta (18) como secretário Nacional de Cultura. Ele chega ao cargo com 18 unidades do Ministério ocupadas em todo o país.

O recuo do governo golpista é uma prova concreta de que nada está “tranquilo e favorável” a Temer, que sofre contestações acerca de sua legitimidade como nunca visto antes no país.

A “decisão” de Temer reflete o que seu governo claudicante vem fazendo bastante até agora: recuando de posições — vide os casos dos ministros da Saúde, Justiça, Educação, Fazenda, etc. — e empurrado o país para o retrocesso com o fim de políticas públicas consagradas mundialmente (SUS, Bolsa Família, FIES, dentre outras).

A insustentabilidade do golpe é evidente pelas ruas, haja vista os protestos pelo Fora Temer em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio, Brasília, Recife, Florianópolis, Macapá, Belo Horizonte, que ontem reuniu 40 mil pessoas para recepcionar a presidente eleita Dilma Rousseff.

Temer não resistirá à pressão das ruas porque seu projeto neoliberal atenta contra a soberania nacional, contra as conquistas do nosso povo, nossos velhos, nossas mulheres, nossos filhos, nossa juventude, enfim, é um governo que golpeia o futuro da nação brasileira.

Economia

Por isso tudo, dificilmente a sociedade saíra das ruas antes que Temer caia fora.

Comments are closed.