Candidato de Globo e Veja, Cunha promete “engavetar” regulação da mídia se eleito presidente da Câmara

cunha_midia.jpgO deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é da tropa de choque da velha mídia. No início deste ano, no exercício da liderança peemedebista na Câmara, orientava a bancada para votar contra o marco civil da internet. Ele fazia lobby para as teles e empresas de radiodifusão como a TV Globo (clique aqui).

Depois da eleição que reelegeu Dilma, eis que ressurge Cunha como candidato à  presidência da Câmara agora com a bandeira contra a regulação da mídia. “Se presidir Câmara, engaveto regulação da mídia”, adianta o parlamentar do PMDB, que acha que bom do jeito que está.

“Regulação de mídia jamais. Eu colocaria na gaveta. Não faz parte do meu propósito. Eu sou muito claro, transparente para que todos saibam que eu eleito presidente da Câmara não darei curso a um projeto de regulação de mídia!, afirmou Cunha ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT.

A regulação da mídia diz respeito à  definição de regras econômicas, não ao conteúdo. Mas os barões da mídia que sempre mamaram nas tetas do poder público querem continuar monopolizando o dindin que sai do erário. Este é o debate principal, o resto é firula.

Tudo que é finito precisa de regulação do Estado, como o espaço aéreo, a água, energia, estradas, ferrovias, as ondas eletromagnéticas, dentre outros serviços considerados essenciais à  vida humana. São atividades que até podem ser concessionadas à  iniciativa privadas.

Em país como Inglaterra, Estados Unidos, França, etc., há leis que regulam a mídia. Portanto, a discussão da medida pelo governo Dilma Rousseff nem de longe representa uma guinada ao bolivarianismo! como quer fazer-nos crer a decadente velha mídia brasileira.

Economia

O que se propõe no país é a desconcentração da mídia — e de verbas públicas — para valorizar a produção regional de conteúdos. Hoje a mídia é controlada por meia dúzia de famílias de todo o Brasil, que tem uma dimensão continental.

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