Coluna do Requião Filho: “A insatisfação é geral e irrestrita com os governos Dilma e Richa”

Requião Filho, em sua coluna desta quinta, desanca os governos federal e estadual ao defender a tese da "insatisfação geral e irrestrita" com Dilma e Richa; segundo o advogado especialista em políticas públicas, não é apenas o Beto que gastou mais ou menos R$ 600 milhões em propaganda, o Governo Federal joga o mesmo jogo ao torrar R$ 2,3 bilhões em publicidade. Parem de gastar nosso orçamento de saúde em propaganda do horário nobre. Parem de gastar o dinheiro que deveria construir e reformar escolas. Parem de usar as empresas públicas para tentar criar uma imagem positiva vinculada a governos omissos!, conclama o colunista para então sugerir: Que tal acabarmos com a propaganda, com a promoção de governos faltosos?!; leia o texto.
Requião Filho, em sua coluna desta quinta, desanca os governos federal e estadual ao defender a tese da “insatisfação geral e irrestrita” com Dilma e Richa; segundo o advogado especialista em políticas públicas, não é apenas o Beto que gastou mais ou menos R$ 600 milhões em propaganda, o Governo Federal joga o mesmo jogo ao torrar R$ 2,3 bilhões em publicidade. Parem de gastar nosso orçamento de saúde em propaganda do horário nobre. Parem de gastar o dinheiro que deveria construir e reformar escolas. Parem de usar as empresas públicas para tentar criar uma imagem positiva vinculada a governos omissos!, conclama o colunista para então sugerir: Que tal acabarmos com a propaganda, com a promoção de governos faltosos?!; leia o texto.
Requião Filho*

No Paraná tanto o Governo Estadual quanto o Governo federal sofrem duros golpes e quedas na aprovação de seus representantes. A insatisfação é geral e irrestrita!

A imagem do nosso glorificado alcaide (não posso chamar de governador quem não governa) sofre com as notícias de não cumprimento de promessas, dívidas não pagas, descumprimento da LRF, falta de respeito com o funcionalismo público, elevação de tarifas de água e luz, funcionários comissionados se passando por concursados segurando faixas elogiosas, e por aí vai…

A imagem de nossa Presidente, na grafia devida, sofre horrores com escândalos de corrupção na PETROBRAS, com a ligação de membros de alto coturno de seu partido com doleiros. O mensalão que parece se tornar algo indelével para os próximos 100 anos de campanha política, sem contar com a lista de promessas não cumpridas, tais como creches, fim da inflação, sua ex-ministra da Casa Civil tentando omitir dados do IBGE que revelariam situações prejudiciais à  reeleição, e por aí vai…

Como fazem nossos representantes? Eles trabalham mais? Eles demitem, investigam, e prendem os corruptos? Eles cobram ações concretas? Não! Eles investem em propaganda. Não é apenas o Beto que gastou mais ou menos R$ 600 milhões em propaganda, o Governo Federal joga o mesmo jogo.

Segundo matéria da Folha, Governo Federal bateu recordes em termos de propaganda gastando R$ 2,3 bilhões: Os valores incluem toda a administração pública direta e indireta. Ou seja, as grandes estatais estão nesse bolo de R$ 2,3 bilhões. Quando são considerados só os órgãos e entidades da administração direta (Ministérios e Palácio do Planalto, por exemplo), o total de 2013 foi de R$ 761,4 milhões, também um recorde na última década e meia.!

Economia

O brasileiro está mais crítico. Prestamos mais atenção e queremos mais qualidade dos serviços públicos. A população mais pobre também quer mais e o Bolsa família deixa de ser suficiente para acalmar as massas.

A insatisfação é geral e irrestrita. As propagandas não mais mascaram a realidade, o serviço público precisa melhorar. Não bastam mais propagandas exaltando os governos, que buscam desviar nossa atenção de suas faltas e pecados. O desejo de mudança cresce, queremos mais e melhor, queremos cada vez mais o sonho que nos foi vendido na Constituição de 1988.

Parem de gastar nosso orçamento de saúde em propaganda do horário nobre. Parem de gastar o dinheiro que deveria construir e reformar escolas. Parem de usar as empresas públicas para tentar criar uma imagem positiva vinculada a governos omissos.

A insatisfação é geral. Queremos mudanças, queremos garantir o que existe de bom e melhorar. Queremos muito mais!

Aqui no Paraná queremos mais do que um lote de viaturas para a PM, que ficaram sem combustível e sem manutenção. Queremos mais do que frases de marqueteiros vendendo um Estado que não existe.

Que tal acabar com a propaganda, com a promoção de governos faltosos? Que tal o monopólio estatal? Estatais e governos fazerem apenas campanhas de necessidade pública, institucionais e publicizar apenas o essencial?

A insatisfação é geral. Não aguentamos mais promessas vazias e desgoverno. A insatisfação é tão grande que até os pais de alunos estão apoiando a greve dos professores do Paraná. O governador que se diz respeitoso gosta tanto de falar que acaba falando ao espelho. Ele sequer cumpre o que diz a lei e se recusar a pagar a hora-atividade aos educadores.

A insatisfação é geral e não será com mentiras no horário nobre da Globo que se encerrará a corrupção. Também não será com propaganda que se resolverão os problemas da saúde, da educação e da segurança pública. Como disse a filósofa contemporânea Anita E para de falar “blá, blá, blá”!.

*Requião Filho é advogado, especialista em políticas públicas, escreve à s quintas no Blog do Esmael.

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