Cláudio Fajardo, do PPL, quer ser o anti-àlvaro no Paraná

Oriundo das fileiras revolucionárias do MR-8, professor Cláudio Fajardo que uma frente de centro-esquerda para derrotar o tucano àlvaro Dias no Senado; em manifesto divulgado em seu blog, nesta sexta, o agora dirigente do PPL adianta o tom da música que vai tocar em 2014: "àlvaro Dias defende interesses das elites", diz.
Oriundo das fileiras revolucionárias do MR-8, professor Cláudio Fajardo que uma frente de centro-esquerda para derrotar o tucano àlvaro Dias no Senado; em manifesto divulgado em seu blog, nesta sexta, o agora dirigente do PPL adianta o tom da música que vai tocar em 2014: “àlvaro Dias defende interesses das elites”, diz.
O professor Cláudio Fajardo, do PPL, antigo MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), anunciou-se candidato ao Senado nesta sexta (25).

Em seu blog, o mestre se coloca como alternativa à  composição do Senado que ele considera conservadora.

“àlvaro Dias tem sido um desses senadores conservadores, defensor dos interesses das elites”, asseverou.

O PPL no Paraná deverá marchar na chapa proporcional com o PMDB, que terá como candidato o senador Roberto Requião.

Fajardo disputou o cargo de vice-prefeito de Curitiba em 2012 na chapa encabeçada por Alzimara Barcelar, também do PPL.

A seguir, leia a íntegra do manifesto de Cláudio Fajardo:

Economia

Ponho-me na disputa pelo senado I

Por Cláudio Fajardo

O senado da república precisa renovar-se. Não bastam as eleições para que isso aconteça. Há décadas aquela casa tem sido um palco dominado por forças conservadoras, coronéis da política clientelista. à‰ bem verdade que lá também brilharam estrelas da boa política, mas que nunca predominaram. Atualmente, o Senado brasileiro tem alternado o seu comando com políticos matreiros que ao fim e ao cabo estão a preservar os privilégios das elites brasileiras.claudio

O alto comando do senado, alternado por Sarney-Renan e Renan-Sarney constituem a base aliada do governo de Dilma Rousself. O governo de Dilma Rousself adotou o neoliberalismo como filosofia de governo.

O neoliberalismo é um pomposo nome, uma embalagem nova, para uma velha prática: as grandes negociatas. Raramente o conteúdo das políticas inspiradas no neoliberalismo são assuntos verdadeiramente de Estado, são assuntos particulares, interesses particulares das grandes empresas monopolistas, das elites endinheiradas, da classe economicamente dominante. O Estado é apropriado pelos particulares que se apresentam como MERCADO. As velhas raposas dão respaldo senão estão elas mesmas a promover e se aproveitarem disso. Enquanto as elites, os banqueiros, os monopólios e o agronegócio se aproveitam das imensas riquezas produzidas por toda a Nação, o povo carece das mais elementares condições para uma vida digna.

Essas forças exploradoras se mantém no poder através de mecanismos políticos seletivos e de uma constante lavagem cerebral exercida maciça e minuciosamente sobre as populações com direito a voto. As leis, o conjunto das leis, favorecem a manutenção desse poder assim como ele está constituído.

Todavia, apesar de todas as condições adversas, a eleição ainda é o principal modo que nos permite alterar esse poder. Se as instituições entrassem em colapso, a violência revolucionária tem sido uma forma de mudança recorrente pelos povos. Se estamos, no entanto, numa democracia formal e as instituições permitem a mudança, apesar do imenso trabalho que isso exige, o voto é o instrumento para essa mesma mudança.

Teremos eleição para o senado, juntamente com eleição pra presidente da república, governadores, deputados federais e deputados estaduais. Os estados tem direito a ser representados por três senadores, sendo que a cada quatro anos se elegem ora um ora dois senadores com mandato de oito anos.

Nas próximas eleições de 2014 o Paraná porá em disputa a vaga do senado ocupada hoje por àlvaro Dias.

àlvaro Dias tem sido um desses senadores conservadores, defensor dos interesses das elites. Teremos oportunidade de demonstrar isso durante a campanha. Essa elite não tem compromisso com o País. Suas políticas são sempre pautadas pela mesquinhez dos interesses particularistas. Elas põem o Estado a serviço dos seus interesses particulares. Os assuntos de Estado, então, passam a ser esses mesmos interesses mesquinhos da classe dominante. Os interesses verdadeiramente de Estado, do futuro do País, dos interesses da ampla maioria, do desenvolvimento econômico e da evolução cultural, da soberania nacional, não são levados em conta por essa elite. à‰ por isso que eles defendem com tanto ardor as privatizações, ou seja, colocar mais empresas do Estado na mão de particulares, interesses privados. ISSO TEM QUE MUDAR. E à‰ POR ISSO QUE ESTAMOS NOS PROPONDO A CONCORRER AS ELEIà‡à•ES PARA O SENADO. QUEREMOS MOSTRAR QUE à‰ POSSàVEL UMA ALTERNATIVA POLàTICA QUE PROMOVA O INTERESSE POPULAR E NACIONAL.

Sou membro do Partido Pátria Livre, teremos agora no final de novembro o nosso III Congresso. Defenderei a proposta de que o partido apresente candidatos a todos os níveis e no senado me apresento como pré-candidato. Teremos assim a oportunidade de dizer a todo o brasileiro quais são as idéias que nos orientam e, particularmente, quero por em discussão que interesses deve defender o senador eleito pelo Paraná. Repito, o senado precisa renovar-se, não bastam eleições para isso. à‰ preciso que nas eleições se reflita a consciência da necessidade de mudança.

(continua no próximo artigo)

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