Juristas dão ‘sinal verde’ para o impeachment de Beto Richa

impedimentoO julgamento simulado do governador Beto Richa (PSDB) e o ex-secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini (SDD), realizado na última sexta-feira (8) na Reitoria da UFPR, repercutiu nacionalmente e serviu para abrir caminho a um provável processo de impeachment do tucano pelo massacre dos professores e servidores no Centro Cívico, em Curitiba, no último dia 29 de abril.

O evento realizado pela Faculdade de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) lotou o teatro da reitoria e foi transmitido ao vivo pelo Blog do Esmael, entre outros canais, a partir de imagens geradas pela TV UFPR.

Um dos pontos altos do evento foi a fala do professor Celso Antonio Bandeira de Mello (jurista, PUC-SP), na qual foi defendida a tese da responsabilidade direta do governador Beto Richa pelos eventos, que estaria portanto passível de sofrer o processo de impeachment por crime de responsabilidade pelo massacre dos servidores.

Em sua fala, Bandeira de Mello, também falou de um possível processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), que, segundo ele, não se justifica. “A presidente sofreu diversas manifestações, mão não mandou polícia alguma bater nos manifestantes, muito pelo contrário”. (Abaixo, assista ao vídeo).

O fato é que o Paraná como um todo rejeita o governo Beto Richa, que já vinha mal, mas destruiu tudo que restava de aprovação ao atacar de maneira cruel os professores e servidores no último dia 29 de abril.

Até a revista Veja, defensora ferrenha dos tucanos Brasil afora, detona com Richa. A jornalista paranaense Joyce Hasselmann, em vídeo exibido no portal da revista, decreta que Beto conquistou a proeza de ser mais impopular que Dilma. “O homem que tinha tudo para ser uma espécie de menino prodígio da política no ninho do PSDB hoje faz um governo medíocre e que respira por aparelhos. É um tucano que levou a carreira política para a UTI.”

Economia

O também jurista e blogueiro Tarso Violin elencou em seu blog os passos necessários para o processo de impedimento de Richa avançar. A princípio, o único obstáculo é de origem política. Apesar de ter perdido apoio de alguns deputados, o governo ainda detém maioria na Assembleia Legislativa, o que inviabilizaria a instalação do processo.

Mas a base governista já diminuiu por conta do conturbado processo de aprovação do confisco da previdência dos servidores. Havendo pressão popular, a base pode ceder e ruir de vez.

Separamos abaixo a fala do jurista Celso Antonio Bandeira de Mello em que ele defende o impeachment de Richa: 

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