Educadores rejeitam “armadilha” de Richa; greve continua no Paraná

Deputado Rasca Rodrigues, do PV, viu "insulto" e "provocação" na proposta de Beto Richa a educadores; grevistas, como os de Laranjeiras do Sul, continuam acampados em frente aos Núcleos de Educação; no interior, adesão à paralisação do magistério chega a 100% das escolas.
Deputado Rasca Rodrigues, do PV, viu “insulto” e “provocação” na proposta de Beto Richa a educadores; grevistas, como os de Laranjeiras do Sul, continuam acampados em frente aos Núcleos de Educação; no interior, adesão à paralisação do magistério chega a 100% das escolas.
“É uma provocação, um insulto, inclusive contra os deputados da base governista”. Foi assim que reagiu o deputado Rasca Rodrigues (PV) ao tomar conhecimento do projeto de lei do governador Beto Richa (PSDB) que parcela a data-base de professores e servidores públicos do Paraná.

A APP-Sindicato considerou a proposta do tucano “muito ruim” e pior que as três anteriores. Os educadores estão em greve há 31 dias, mas outras categorias do serviço público também estão paralisadas.

Dentre os pontos considerados retrocesso, segundo Marlei Fernandes, coordenadora do Fórum de Entidades Sindicais (FES), está o item que praticamente extingui o piso nacional dos professores.

A proposta de Richa consiste no pagamento de 3,45% em três vezes: 1,15% em setembro, 1,15% em outubro e 1,15% em novembro de 2015; o restante seria pago em janeiro de 2016, se houver disponibilidade.

Os grevistas acusam o governador do PSDB de planejar a reprovação de 1 milhão de alunos visando fazer caixa, pois, segundo eles, o cancelamento do ano letivo de 2015 e o fechamento das escolas não “gerariam despesas”.

O deputado Requião Filho (PMDB) considerou a proposta do governo uma “armadilha” contra os professores. A opinião dele foi seguida pelos colegas Professor Lemos, Tadeu Veneri e Péricles Mello, ambos do PT.

Economia

A bancada governista PSC e o deputado Felipe Francischini (SDD) informaram que só votarão os 8,17%. Há um impasse. Parece que o governador Beto Richa quer derrotar o movimento no “cansaço”.

O tucano aposta na perda de fôlego dos grevistas e na sua divisão — inclusive utilizando-se de guerra suja na internet contra os professores que já massacrou no dia 29 de abril.

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