Quaest registra e celebra “volume” de Lula nas redes

O volume de Lula surpreende Quaest, que ainda tenta digerir os números monumentais da foto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e Donald Trump, do Partido Republicano, registrada domingo (26), na Malásia, elevando o engajamento presidencial a um patamar capaz de deixar institutos abalados e bolsonaristas sem ar.

A postagem com Trump somou 72 milhões de visualizações e 678 mil menções nas redes. Um tsunami de cliques, curtidas e comentários que deixou para trás a famosa imagem de 2021, quando Lula apareceu de sunga ao lado de Janja. Naquele verão, o debate era sobre músculos, mar e futuro. Nesta primavera asiática, a conversa envolve geopolítica, tarifas e, claro, o “volume” digital do líder brasileiro.

Felipe Nunes, diretor da Quaest, admitiu que o fenômeno expõe a guerra de narrativas. A direita tenta puxar Bolsonaro para a cena, a esquerda comemora a virada, e o centro? Apenas observa, talvez recalculando rotas e calculadoras de engajamento.

Os dados mostram que 54% das menções foram neutras, 26% positivas e 20% negativas. Ou seja, até quem torceu o nariz não conseguiu desviar o olhar. O eleitor brasileiro, especialista em meme e política, entendeu o que estava em jogo: imagem é poder e diplomacia também se mede em likes.

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26.10.2025 - Encontro com o Presidente dos Estados Unidos
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia.

 

Fotos: Ricardo Stuckert / PR
Trump se encontrou com Lula na Malásia. Foto: Ricardo Stuckert

O registro do fotógrafo Ricardo Stuckert, convertido em ícone político instantâneo, embalou análises de que Lula, ao lado de Trump, projetou força, diálogo global e, claro, narrativa. A foto já entrou no catálogo histórico da política brasileira e, ao que tudo indica, continuará reverberando enquanto Washington e Brasília ajustam tarifas e sorrisinhos diplomáticos.

No Brasil, o “volume” virou pauta editorial e meme oficial. Para especialistas, a combinação entre comunicação presidencial e timing internacional elevou o alcance a um nível raro. Para os opositores, restou a ironia e o velho argumento de que engajamento não governa. Mas como ignorar que governar, em 2025, passa justamente por engajar?

Enquanto isso, a Quaest segue fazendo contas e calibrando instrumentos. O país, por sua vez, assiste ao duelo de egos, algoritmos e acordos, curioso sempre pelo próximo frame.

A política virou futebol, e o feed é o novo Maracanã.

O episódio mostra um Brasil que disputa influência global e que entende a política como espetáculo, mas também como projeto nacional. Se o debate está quente, é sinal de que democracia pulsa. O resto é espuma, meme, e, claro, “volume”.

Quanto à Quaest, ainda impressionada com o “volume” de Lula nas redes, a tendência é que, assim que o campo da direita se organizar, parte do mercado e dos produtores de pesquisas passe a mirar o governador de São Paulo como alternativa, movimento similar ao observado em institutos como MDA, Futura, Atlas, Paraná Pesquisas, Ipespe, Datafolha e PoderData. Em setembro, o Blog do Esmael registrou que a Faria Lima influencia o ambiente das pesquisas e pode distorcer o debate democrático.

Lula mostrando as coxas saradas com a noiva Janja
Coxas saradas do presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

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