Venezuela realiza referendo sobre Guiana no domingo; Brasil em alerta

A Venezuela realiza um referendo consultivo sobre Essequibo neste domingo, dia 3 de dezembro, sob alerta do Brasil.

Segundo dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mais de 20 milhões de venezuelanos estão elegíveis para o referendo.

A disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana começou no século 19. 

O conflito é sobre a região de Essequibo, que a Venezuela chama de Guiana Essequiba. 

A região em disputa é fronteiriça com o Brasil.

O território de 160 mil km² é rico em petróleo e recursos naturais. 

Economia

A disputa é uma combinação de retórica política e interesse econômico. 

A Venezuela convocou um referendo popular para reivindicar a soberania sobre a região.  

A Guiana recorreu à Corte Internacional de Justiça (CIJ) desde 2018.  

A Venezuela não reconhece a jurisdição da Corte Internacional nesse caso.

“Neste domingo #3Dez , com a força dos nossos Libertadores, defenderemos a Guiana Essequiba com a votação”, escreveu o presidente venezuelano Nicolás Maduro no X, antigo Twitter.

A disputa teve os seguintes acontecimentos:

  • 1811 – A Venezuela torna-se independente da Espanha e Essequibo passa a fazer parte da nascente república.
  • 1814 – O Reino Unido adquire a Guiana Inglesa, com cerca de 51.700 km², através de um tratado com os Países Baixos.
  • 1966 – O Acordo de Genebra aceitou a queixa venezuelana e a promessa Britânica de negociar os limites territoriais.
  • 1970 – O conflito foi congelado até 1982.
  • 2015 – A petroleira Exon Mobile encontrou reservas gigantes de petróleo longe de sua costa.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) proibiu a Venezuela de realizar o referendo previsto para domingo, dia 3 de dezembro, sobre a incorporação da região de Essequibo.

A decisão, que foi unânime, é considerada uma vitória para a Guiana, que reivindica o território desde a independência do Reino Unido em 1966.

A CIJ decidiu que, de forma provisória, a Venezuela não pode interferir no atual status do território.

Os juízes também determinaram que “ambos os países devem se abster de quaisquer ações que agravem a disputa fronteiriça”.

A decisão da CIJ é um revés para o governo venezuelano, que havia confirma a realização do referendo mesmo sem o aval do tribunal internacional.

O presidente Nicolás Maduro já afirmou que a Venezuela não reconhece a jurisdição da CIJ e que, portanto, manterá a consulta pública deste domingo.

A Guiana, por sua vez, comemorou a decisão da CIJ.

O presidente Irfaan Ali disse que a decisão “é uma vitória para a justiça e a paz na região”.

O Brasil, vizinho de ambos os contendores, demostra preocupção com os desdobramentos dessa crise diplomática.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma, por meio do Itamaraty, que busca uma solução pacífica.

Uma resposta para “Venezuela realiza referendo sobre Guiana no domingo; Brasil em alerta”

  1. Lula não poderá tomar uma decisão meio-a-meio como ele fez na Ucrânia. É um lado ou outro, caso contrário o Brasil perderá a confiança de ambos os lados.
    Mais importante do que o prêmio Nobel para Lula é a Guiana não perder seu território para a Venezuela e nem para os Estados Unidos.

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