Acabou o que era doce. A ministra Maria Cláudia Bucchianeri, do TSE, suspendeu na noite de quinta-feira (20/10) o direito de resposta que daria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 164 inserções de 30 segundos na propaganda eleitoral do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL).
Após a campanha de Bolsonaro ter entrado com um embargo de declaração, Bucchianeri decidiu que cabia ao plenário da corte eleitoral analisar o caso.
– Recebo os presentes embargos declaratórios como recurso inominado […] e a eles atribuo, excepcionalmente, eficácia suspensiva até respectiva análise colegiada – escreveu a minsitra do TSE.
Foi a própria ministra que, na última quarta (19/10), concedeu os direitos de resposta a favor do petista, argumentando que a campanha de Bolsonaro havia veiculado 164 vezes fatos sobre Lula “sabidamente inverídicos por descontextualização”.
Caberá ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, definir quando o caso será julgado pelo plenário da corte eleitoral.
Os direitos de resposta suspensos rebateriam acusações de que Lula foi o mais votado em presídios e tem apoio do crime. Até o colegiado do TSE decidir, o petista terá apenas 20 inserções no horário disponível a Bolsonaro.
O ex-presidente Lula teve sete pedidos aprovados para rebater acusações de ser “ladrão”, “corrupto” e de envolvimento com o crime organizado.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.