Tornado no Paraná deixa 5 mortos e 432 feridos; governador e presidente da ALEP vão à região

A tragédia em Rio Bonito do Iguaçu deixou 5 mortos e 432 feridos, segundo autoridades, após a passagem de um tornado de nível EF3 que devastou cerca de 80% da cidade no Centro-Sul do Paraná. Nove vítimas estão em estado grave.

O governador Ratinho Junior (PSD), acompanhado do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), Alexandre Curi (PSD), de secretários e comandantes da segurança, decolou para o município na manhã deste sábado (8) para acompanhar os trabalhos de resgate.

“Vamos, juntos, enfrentar esse grande desafio ocasionado pelo tornado”, disse o presidente da ALEP.

A passagem do tornado, formado dentro de uma supercélula, ocorreu no fim da tarde de sexta-feira 7. Ventos que podem ter ultrapassado 250 km/h reviraram veículos, derrubaram construções e deixaram casas e comércios em escombros. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros descrevem um cenário de guerra.

O município de 14 mil habitantes está sem energia, com redes de água e comunicação afetadas. Moradores relatam que o fenômeno chegou com chuva intensa, granizo e uma cortina de poeira. As buscas continuam por ao menos duas pessoas desaparecidas, e autoridades admitem que o número de vítimas pode subir.

Equipes de socorro atuam desde as primeiras horas com helicópteros, unidades terrestres e um hospital de campanha. Até o momento, 25 bombeiros operam no terreno e outros 39 seguem em deslocamento. Policiais militares, agentes de saúde, servidores estaduais e voluntários reforçam o efetivo.

A Defesa Civil estadual enviou 2.600 telhas, cestas básicas, colchões, lonas e kits de higiene, com mais carregamentos previstos ainda neste sábado. Um centro de apoio foi instalado em Laranjeiras do Sul, a menos de 20 quilômetros da cidade atingida, para receber feridos e famílias desalojadas.

As autoridades locais e o Sistema de Meteorologia do Paraná confirmaram preliminarmente o tornado como F-2, mas há investigação sobre rajadas superiores a 250 km/h, o que elevaria a classificação para EF3. Especialistas afirmam que fenômenos desta magnitude são raros e podem estar associados à intensificação de eventos climáticos extremos.

O governo federal anunciou apoio logístico e recursos de assistência humanitária. Líderes nacionais prestaram solidariedade às vítimas e às equipes de resgate que operam em condições adversas.

A população enfrenta choque, perdas e incerteza em meio a destroços. Médicos percorrem ruas para localizar feridos e garantir que ninguém fique sem atendimento. A prioridade é salvar vidas, restabelecer abrigo e assegurar alimentação e água potável.

Em testemunhos emocionados, moradores descrevem a cidade irreconhecível. Profissionais do Corpo de Bombeiros relatam ter encontrado idosos soterrados, crianças feridas e famílias inteiras em busca de parentes.

A temporada de tempestades já havia colocado 14 municípios paranaenses em situação de emergência neste início de novembro. O evento reacende o debate sobre preparo climático, infraestrutura de defesa civil e políticas de mitigação.

A reconstrução exigirá coordenação federativa, transparência e atenção contínua às famílias atingidas. Em tragédias assim, o Estado deve ser porto seguro, não espectador tardio.

Que a solidariedade prevaleça e que o socorro chegue antes do esquecimento. Acompanhe pelo Blog do Esmael.

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