Temporais revelam falta de investimento em políticas de prevenção de enchentes e gestão de risco | Por Arilson Chiorato

Por Arilson Chiorato*

O Paraná tem sido atingido por fortes enchentes nas últimas semanas, causando inúmeras perdas materiais e obrigando milhares de pessoas a deixarem suas casas, além de mortes. A força das águas tem colocado em xeque uma série de decisões adotadas, em especial pelo governo do estado, ao longo dos últimos anos, revelando a falta de investimento em políticas de prevenção de enchentes, que englobam preservação do meio ambiente a redes eficientes de drenagem do solo em áreas urbanas, e na defesa civil, que tem por objetivo evitar e minimizar impactos em situações de desastres.

Porém, diante do cenário catastrófico, o Governo Lula se mostrou, mais uma vez, solidário. Na última quarta-feira (01/11), durante a visita do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, que esteve em União da Vitória, um dos municípios mais atingidos pelas enchentes, anunciou a liberação emergencial de R$ 259 milhões. O dinheiro vai apoiar municípios em situação de emergência, seja por causa das chuvas, como no Paraná, seja por causa da estiagem, como no Amazonas.

O anúncio contrária a fala mentirosa da última semana do secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, que chegou a dizer que o Governo Federal não estava oferecendo apoio, o que foi contestado até por aliados políticos durante sessão na Assembleia Legislativa. Enquanto o secretário tece críticas vazias, a população sofre as consequências desastrosas dessas inundações.

A infraestrutura das cidades atingidas foi severamente afetada, com estradas destruídas, pontes colapsadas e sistemas de transporte público interrompidos. Em meio a uma catástrofe de tal magnitude, a maior liderança política do estado deveria estar na linha de frente, coordenando esforços de resgate, providenciando abrigo e assistência para os afetados e trabalhando para minimizar os danos. No entanto, o governador, e algumas pessoas de sua equipe, parece estar mais interessado em holofotes a atender às necessidades urgentes dos paranaenses.

Em vez de agir prontamente para fornecer recursos e assistência às áreas atingidas, o governador tem se envolvido em uma série de disputas partidárias e trocas de acusações com seus opositores políticos. Enquanto isso, a população contínua sofrendo, muitas vezes com falta de comida, água potável e abrigo adequado. O descaso do governador é um exemplo gritante de como interesses políticos muitas vezes são colocados à frente do bem-estar dos cidadãos.

Economia

Além disso, a falta de investimentos em infraestrutura de prevenção de enchentes e drenagem é uma questão que merece atenção. Anos de negligência na manutenção de sistemas de escoamento de água e na prevenção de enchentes tornaram as comunidades vulneráveis a eventos climáticos extremos como os que estamos testemunhando. É responsabilidade do governo garantir que as cidades estejam preparadas para enfrentar tais desafios.

A população do Paraná está clamando por liderança eficaz, ação imediata e um compromisso genuíno com seu bem-estar. A tragédia das enchentes no estado requer uma resposta unificada, centrada nas necessidades das pessoas, em vez de discórdias políticas. O momento é de solidariedade e cuidado com o outro. É crucial que as autoridades ajam com a devida diligência para ajudar aqueles que foram afetados por essa crise. É tempo do Governo do Paraná colocar o interesse público acima de qualquer consideração política e agir para minimizar os efeitos devastadores dessas enchentes.

*Arilson Chiorato, deputado estadual, presidente do PT – Paraná e Mestre em Gestão Urbana pela PUC-PR.

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