O governo do presidente Lula anunciou nesta segunda-feira (3/4) que vai suspender a implementação do novo ensino médio e as mudanças no Enem previstas para 2024. A decisão foi tomada após pressão crescente de estudantes e professores que reivindicavam a revogação do novo modelo. Uma portaria com a interrupção do prazo de implementação da política deve ser publicada nos próximos dias. Você leu no Blog do Esmael, neste domingo (2/4), um manifesto do site pela revogação da lei sancionada na era golpista de Michel Temer.
A suspensão ocorrerá enquanto perdura o prazo da consulta pública sobre o tema, que iniciou em março e tem 90 dias de duração, com possibilidade de prorrogação, e mais 30 dias para o MEC elaborar um relatório. A principal consequência dessa medida é a suspensão do novo formato do Enem previsto para 2024.
O novo ensino médio foi aprovado em 2017 e prevê que 60% da carga horária dos três anos seja comum a todos os estudantes, enquanto os outros 40% são destinados às disciplinas optativas dentro de grandes áreas do conhecimento, os chamados itinerários formativos. O número de horas anuais obrigatórias passa de 800 para ao menos 1.000, ou de quatro para cinco horas diárias.
No entanto, a implementação do novo formato tornou-se obrigatória em 2022 e tem registrado uma série de problemas. Os estudantes reclamam, principalmente, de terem perdido tempo de aula de disciplinas tradicionais e de disciplinas desconectadas ao currículo, além de deficiências na oferta dos itinerários a todas as escolas.
O ministro da Educação, Camilo Santana, havia se posicionado contrário à revogação do novo ensino médio e defendido ajustes no modelo, mas a pressão dos críticos foi maior. O governo reconheceu que a reforma tem gerado desgastes exagerados e que a suspensão dos prazos seria a saída para acalmar os ânimos dos críticos e evitar maiores impactos à imagem do governo e do presidente Lula.
A suspensão do novo ensino médio é uma vitória dos estudantes e professores que há muito tempo reivindicavam a revogação do modelo. A medida mostra que o governo está atento às demandas dos movimentos sociais e disposto a dialogar com a sociedade. Espera-se que a consulta pública seja ampla e democrática, permitindo a participação de todos os envolvidos na educação brasileira.
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As escolas que ja tem todo seu quadro completo não deveria sofrer alterações, pois isso gera transtorno e desempregos , penso que devia mudar mas para o ano de 2024, penso que ja começou 0 ano letivo , fazer mudanças agora gera transtotnos para todos.