A disputa pelo governo do Paraná começa a ganhar contornos dramáticos. Duas candidaturas do campo governistas estão postas. A saber: a da governadora Cida Borghetti (PP), mulher do ex-ministro da Saúde Ricardo Barros, e do deputado Ratinho Junior (PSD), filho do apresentador Ratinho (SBT).
Do campo governista, salvo fato futuro, apenas uma das candidaturas avançará para o segundo turno. A expectativa é que Cida siga em frente, haja vista que ela detém a “máquina” do governo e disporá de tempo de TV em virtude da aliança (PP, PSDB, DEM, PTB, PPS, etc.).
Ratinho Junior lidera as pesquisas, mas pode sofrer desidratações durante a caminhada. Nos últimos dias, por exemplo, vários correligionários dele foram exonerados de cargos em comissão no governo do estado. Eram posições estratégicas para a sua campanha.
Quanto a Osmar Dias (PDT) ainda é uma incógnita a sua candidatura. O histórico titubeante do irmão do senador Alvaro Dias (Podemos) depõe contra seu projeto de chegar ao Palácio Iguaçu. Vide as campanhas de 2006 e 2010, quando o pedetista diz que não, mas acabou indo na undécima hora.
A última movimentação de Ratinho nos bastidores, por exemplo, visa “recuar” Osmar da corrida pelo governo do Paraná. Ele concorreria ao Senado. Tal esforço ocorre porque o filho do Ratão sabe que apenas um governista passará para o segundo turno e ele terá dificuldades em buscar votos na seara situacionista.
No entanto, essa especulação em torno de Osmar só será desfeita com a realização da convenção partidária que o escolherá ou não para a disputa pelo Palácio Iguaçu, entre os dias 20 de julho e 5 de agosto.
Ou melhor: Osmar só será considerado candidato após o registro da candidatura no TSE, dia 15 de agosto.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.