Parte da bancada estadual do PMDB na Assembleia Legislativa do Paraná colocou um queijo na ratoeira e chamou o secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior, do PSC, para um approach político. A tese era de que o Pequeno Camundongo trocaria o PSC pelo PMDB para ficar com a vice na chapa do governador Beto Richa (PSDB).
O diabo é que Ratinho Júnior já tem a vice do tucano — se quiser — e não precisa do PMDB para conquistar a posição. A esperteza de parte da bancada peemedebista serviria apenas para um objetivo: trancar as portas para o senador Roberto Requião, que se coloca como candidato ao Palácio Iguaçu.
O moço, vitaminado pelas sondagens da Paraná Pesquisas, de Murilo Hidalgo, deu um chapéu nos peemedebistas faltando à conversa que teria ontem com eles. E, para desfazer-se de boatos, Ratinho se reuniu com as bancadas que o PSC vai lançar candidatos a deputados federal e estadual com chapa pura e sem coligações.
Com ou sem Ratinho Júnior, a bancada do PMDB na Assembleia, estima-se, tende hoje a diminuir de 13 para 6 deputados; a falta de projeto político também poderá ser nefasta à bancada federal, que pode ser reduzida de 5 para 3 em 2014.
Alguns deputados estaduais creem que para salvar sua própria pele devem se agasalhar na chapa proporcional do PSDB ou do PT, sem pruridos ideológicos; outros acham que Requião é o novo Messias, capaz de lhe conduzirem ao paraíso.