PT pede que STF investigue declarações antidemocráticas de Bolsonaro

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), os líderes das bancadas do partido na Câmara, deputado Enio Verri (PR), e no Senado, Rogério Carvalho (SE), e o deputado Rogério Correia (PT-MG) entraram com Representação no Supremo Tribunal Federal (STF), no domingo (10), para que sejam investigadas as declarações antidemocráticas do presidente Jair Bolsonaro acerca das eleições de 2018. Bolsonaro afirmou por diversas vezes que a eleição daquele ano “Foi roubada”, indicando, portanto, mais uma vez, suspeição de fraude do processo eleitoral.

O pedido, que foi encaminhado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, solicita que o documento seja apensado ao Inquérito 4828, que investiga a participação de deputados ligados a Bolsonaro em atos antidemocráticos em abril de 2020. Os protestos dos fascistas pregavam o fechamento do Congresso Nacional, do STF e a reedição do AI-5. O inquérito foi aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e está sendo conduzido no STF por Alexandre de Moraes.

Ameaças à democracia
Na última quinta-feira (7), os parlamentares também entraram com representações contra Bolsonaro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e na Procuradoria-Geral da República (PGR), por conta de acusações sem provas ao sistema eleitoral brasileiro e por ameaças à democracia do País. As ações pedem a responsabilização penal, por improbidade administrativa e civil contra Bolsonaro.

Voto impresso
As representações têm como referência declarações feitas por Bolsonaro na quarta-feira (6), quando ele comentou a invasão do Parlamento norte-americano (Capitólio) por defensores golpistas do ainda presidente Donald Trump (Partido Republicano), e contrários à certificação da vitória do presidente eleito Joe Biden (Partido Democrata). Na ocasião, mais uma vez – e sem apresentar prova alguma – Bolsonaro alegou que foi “roubado” nas eleições de 2018 e disse que distúrbios piores poderão acontecer no Brasil em 2022 caso não seja adotado o voto impresso.

“Se nós não tivermos o voto impresso em 22 (2022), uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos”, declarou. Nas ações, os líderes petistas ressaltam que essa não é a primeira vez que Bolsonaro alega fraude no processo eleitoral de 2018, sem apresentar provas. Segundo os parlamentares, o agravante agora é que essa repetida acusação vem acompanhada da ameaça velada caso o resultado da futura eleição em 2022 não seja do agrado do atual presidente.

Leia a íntegra da ação:

Economia

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Do PT na Câmara