PSOL aciona Justiça para anular exoneração do Superintendente da PF no Amazonas

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados – através dos parlamentares Vivi Reis (PA), David Miranda (RJ), Fernanda Melchionna (RS) e Sâmia Bonfim (SP) – entrou com uma ação popular na Justiça Federal do Amazonas pedindo que seja sustada e declarada nula a portaria que exonerou o superintendente da Polícia Federal no estado, Alexandre Saraiva.

De acordo com a deputada Vivi Reis, uma das autoras da ação, a troca no comando da Polícia Federal amazonense “está sendo feita unicamente com o objetivo de permitir a liberação de ações de empresários que exploram madeira ilegal na Amazônia e que vêm sendo alvo de Operações da PF, tudo sob pressão do ministro Salles. O objetivo da troca é unicamente enfraquecer a fiscalização”, afirma.

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Saraiva foi substituído no começo do mês, exatamente um dia de depois de ter pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigue o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Economia

Na notícia-crime apresentada por Saraiva, o então superintendente justificou que as ações do ministro poderiam dificultar a ação fiscalizadora dos agentes públicos no trato de questões ambientais.

Histórico
No último mês de dezembro, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, realizou a Operação Handroanthus GLO que resultou na maior apreensão de madeira da história do Brasil, na divisa dos estados do Pará e Amazonas. Na operação foram apreendidos mais de 200 mil metros cúbicos de madeira, que estavam em situação irregular.

Depois da apreensão, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve duas vezes na região em que ocorreu a apreensão da madeira, mas ao contrário de apoiar os trabalhos realizados pela Polícia Federal, o ministro criticou publicamente a operação.

Durante as visitas, Salles ainda se encontrou com diversos empresários que foram alvos da Operação Handroanthus GLO. Na notícia-crime apresentada ao Supremo, o delegado acusa o ministro Salles, junto com o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e o senador Telmário Mota (PROS-RR) de integrarem organização criminosa e de exercerem advocacia administrativa, atuado na defesa de empresários acusados de extraírem ilegalmente a madeira.

As informações são do PSOL