A Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (26), o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda (MDB). Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa que teria causado prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos.
Miranda foi preso em Brasília, no apartamento funcional da mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB-TO). Ela, no entanto, não é investigada.
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Ao todo, são cumpridos nesta quinta-feira 11 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva, expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas (TO).
De acordo com a PF, o grupo é suspeito “de manter um sofisticado esquema para a prática constante e reiterada de atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais; sempre com o objetivo de acumular riquezas em detrimento dos cofres públicos”.
Esta é a segunda ação da PF nesta semana para investigar Miranda. Na quarta-feira (25), durante a operação Carotenóides, a polícia prendeu um casal suspeito de ser laranja do ex-governador para o registro de veículos e imóveis.
Miranda foi eleito governador do Tocantins três vezes, sendo cassado duas vezes. Ele governou o estado entre 2003 e 2009 e entre 2015 e 2018. A última cassação foi por causa de um avião apreendido em Goiás com material de campanha e R$ 500 mil ligados a campanha do ex-governador em 2014. Ele também foi eleito senador da República, mas não pôde assumir porque foi considerado inelegível.
O ex-governador já foi alvo de pelo menos 6 investigações da PF e uma da Polícia Civil do estado.
Com informações do G1.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.