O tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, deixou um rastro de destruição, dor e incerteza. Mas é preciso dizer com clareza: não foi obra do acaso. A tragédia é mais um sinal das mudanças climáticas que se intensificam, mostrando que o planeta já responde aos impactos acumulados da ação humana.
Enquanto o mundo se prepara para a COP 30, que acontecerá em Belém do Pará, o Brasil tem a chance de assumir o protagonismo global no enfrentamento da crise climática. Não basta participar do debate, é preciso liderá-lo. Temos a maior floresta tropical do planeta, uma das maiores reservas de água doce e uma biodiversidade incomparável, riquezas que precisam ser protegidas e valorizadas como parte de uma estratégia nacional de desenvolvimento sustentável.
O que vimos em Rio Bonito do Iguaçu deve servir de alerta para todo o país. Fenômenos extremos, como ventanias, estiagens severas e enchentes, estão se tornando cada vez mais frequentes. É hora de tratar o tema climático como uma política de Estado, com investimento em prevenção, educação ambiental, reflorestamento e energia limpa. Cada ação local é parte da resposta global.
Mas para que isso aconteça, precisamos vencer um inimigo silencioso e perigoso: o negacionismo climático. Ele atrasa políticas públicas, desinforma a sociedade e cria uma falsa sensação de normalidade enquanto o mundo desaba ao nosso redor. Negar a crise climática é negar a dor de quem perdeu a casa, a lavoura, a vida.
A COP 30 representa um marco histórico: é a oportunidade de transformar compromissos em ações concretas, de colocar o Brasil na vanguarda das soluções que o mundo precisa. Que a dor das famílias paranaenses se converta em consciência coletiva e vontade política.
Porque não é acaso, é alerta. E só com responsabilidade, solidariedade e coragem poderemos reconstruir um futuro possível para todos.
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Ex-deputado federal, secretário-geral do PT-PR.






