Na Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, governo anuncia edital Xica Manicongo

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou, nesta terça-feira (25/11), durante a 2ª Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, o edital Xica Manicongo – Resgates, Alianças e Reparações para Mulheres Trans e Travestis Negras. 

O prêmio, que é o primeiro em âmbito nacional voltado exclusivamente para organizações sociais lideradas por mulheres travestis e trans negras, é uma parceria do Ministério da Igualdade Racial (MIR) com a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). 

“Sempre falo que a gente pode chegar a qualquer espaço e tem que ter vontade política para isso. Me sinto honrada de estar à frente do Ministério da Igualdade Racial, trazendo mais diversidade para ocupar os espaços”, disse a ministra Anielle. 

Com investimento total de mais de R$700 mil, o edital selecionará 16 organizações de diferentes regiões do país, fortalecendo institucionalmente coletivos, associações e movimentos que protagonizam ações sociais, políticas e culturais em seus territórios. 

>>Clique para conferir o edital 

São três as categorias de premiação previstas no edital e definidas pela abrangência territorial das organizações: a categoria Nacional oferece prêmio de R$260 mil; a categoria Regional seleciona cinco organizações que receberão R$25 mil cada; e a categoria Municipal premiará dez organizações com mais de R$13 mil cada. Todos os valores correspondem aos prêmios líquidos, não serão reembolsáveis e devem ser destinados exclusivamente ao fortalecimento institucional, à continuidade e à ampliação das ações desenvolvidas pelas iniciativas contempladas. 

A iniciativa integra o Termo de Execução Descentralizada MIR/UFRB n° 16/2025 e reafirma o compromisso do Governo do Brasil com o enfrentamento ao racismo, à transfobia e às desigualdades estruturais que afetam a população trans-negra no país. 

Edital – O Prêmio Xica Manicongo tem como objetivos valorizar práticas de inovação, cuidado e mobilização social desenvolvidas por organizações lideradas por mulheres trans e travestis negras; fortalecer institucionalmente esses coletivos; ampliar a visibilidade de ações de enfrentamento ao racismo e à transfobia; e incentivar iniciativas que gerem impacto em políticas públicas e ampliem a articulação em rede em seus territórios. 

Podem participar do edital organizações formais ou informais, como coletivos, associações e movimentos sociais, desde que liderados exclusivamente por mulheres trans e travestis negras, com exigência de 24 meses de atuação para a categoria nacional e 12 meses para as categorias regional e municipal, além de composição mínima de 70% de mulheres trans e travestis negras na liderança executiva.

 

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