O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, nesta terça-feira (21/11), em Brasília, que as pessoas endividadas procurem os bancos para renegociar os seus débitos no âmbito do Programa Desenrola Brasil.
Lula fez o merchan que beneficia o setor bancário durante o podcast Conversa com o Presidente, que hoje contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O governo federal promove nesta terça (22/11) o “Dia D – Mutirão Desenrola”, ação em parceria com organizações da sociedade civil, bancos e outros credores para fomentar as renegociações de débitos e ampliar o alcance do programa.
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“Não tenha medo, não tenha vergonha de conversar com alguém sobre sua dívida. Procure o banco e discuta com seriedade que você vai sair do banco de cabeça erguida, com o nome limpo na praça”, recomendou Lula durante o programa semanal.
Para o mutirão, os bancos vão aumentar os horários de atendimento de parte de suas agências, de acordo com as próprias políticas internas.
De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o desconto médio do Desenrola é de 83% da dívida, podendo chegar a 99%.
Além de dívidas comerciais, cerca de 1,2 milhão de estudantes ou formados inadimplentes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) podem renegociar as dívidas também com até 99% de desconto.
O devedor deve procurar a agência do banco responsável pelo financiamento.
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Haddad também usou o espaço no podcast para espinafrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, segundo o ministro da Fazenda, “quebrou o país” na tentativa frustrada de reeleição.
“Bolsonaro tomou dinheiro de governadores, deu calote em precário, adiou pagamento de dívida”, enfim, “foi uma bagunça” e uma farra de auxílios para taxistas e caminhoneiros, disse Haddad.
Ele lembrou que a aventura eleitoral de Bolsonaro, em 2022, custou R$ 300 bilhões – cerca de US$ 60 bilhões – e foi notícia no mundo inteiro.
Haddad ainda elogiou o anfitrião, o presidente Lula, dizendo que desde janeiro deste ano o Brasil recuperou credibilidade e segurança jurídica perante investimentos e outras nações.
O próprio Lula desceu o sarrafo no antecessor, Bolsonaro, acusando-o de desmontar políticas públicas e desmontar o Estado nos últimos 4 anos.
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Sobre o Desenrola Brasil
O Programa Desenrola Brasil entrou numa nova fase na segunda-feira (20/11).
A Faixa 1 do programa, destinada à renegociação de devedores com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), passará a renegociar dívidas de até R$ 20 mil.
Débitos de R$ 5.000,01 a R$ 20 mil – após a atualização dos valores – poderão ser refinanciadas até 30 de dezembro. Após esse prazo, os descontos serão mantidos, mas a dívida só poderá ser quitada à vista.
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A Faixa 1 abrange dívidas bancárias, como cartão de crédito, e as contas atrasadas de outros setores, como energia, água e comércio varejista.
Desde o início de outubro, a Faixa 1 do Desenrola renegocia dívidas de até R$ 5 mil na plataforma desenvolvida pela B3 (Bolsa de Valores), no site www.desenrola.gov.br.
A portaria que regulamenta o programa definiu que, se após os 40 primeiros dias sobrassem recursos no Fundo Garantidor de Operações (FGO), fundo do Tesouro Nacional que cobre eventuais calotes de quem aderir à renegociação, o refinanciamento seria ampliado para débitos de até R$ 20 mil.
Para acessar a plataforma de renegociação, o consumidor precisa ter cadastro no Portal Gov.br, com conta nível prata ou ouro e estar com os dados cadastrais atualizados.
Em seguida, o devedor terá de escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para fazer a renegociação.
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Na sequência, bastará selecionar o número de parcelas e efetuar o pagamento.
O Desenrola abrange dívidas negativadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.
Aberta em julho, a primeira etapa do Desenrola – destinada à Faixa 2 – renegociou R$ 15,8 bilhões de 2,22 milhões de contratos em pouco mais de dois meses, até o fim de setembro.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), isso equivale a 1,79 milhão de clientes, já que um correntista pode ter mais de uma dívida.
Além disso, seis milhões de pessoas que tinham débitos de até R$ 100 tiveram o nome limpo.
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Nesse caso, as dívidas não foram extintas e continuam a ser corrigidas, mas os bancos retiraram as restrições para o devedor, como assinar contratos de aluguel, contratar novas operações de crédito e parcelar compras em crediário.
A desnegativação dos nomes para dívidas nessa faixa de valor era condição necessária para os bancos aderirem ao Desenrola.
Diferentemente da segunda fase, a primeira etapa renegocia apenas débitos com instituições financeiras.
Podem participar correntistas que ganhem até R$ 20 mil por mês e tenham dívidas de qualquer valor, o que permite a renegociação de débitos como financiamentos de veículos e de imóveis.
As renegociações para a Faixa 2 devem ser pedidas nos canais de atendimento da instituição financeira, como aplicativo, sites e pontos físicos de atendimento.
O tal “cidadão do bem” a cada dia que passa, a sua máscara cai. Agora é este rombo no caixa do orçamento público. E tem gente ainda no Brasil que idolatra está tráia que só fez mal a todos. Se for relacionar a sua ficha corrida de criminalidade. Vai faltar folha para isso. Porque é desde o tempo de milico da ativa que vem comentendo crimes. Só que o Brasil teve que aprender da pior forma como era o “cidadão do bem”. Um cara que usa a retórica de bom moço para enganar os desavisados.