Lula e Renan reafirmam aliança PT-PMDB para 2014

do Brasil 247

Dois caciques da política, o ex-presidente Lula e o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), começam a reconstruir uma ponte que quase foi dinamitada; depois de um encontro na última terça-feira, os dois acertaram novas conversas, que passam, inclusive, pela definição de alianças e palanques regionais; como fiador da reeleição de Dilma, Renan já atrai a ira de um grupo de senadores que se definem como "independentes".
Dois caciques da política, o ex-presidente Lula e o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), começam a reconstruir uma ponte que quase foi dinamitada; depois de um encontro na última terça-feira, os dois acertaram novas conversas, que passam, inclusive, pela definição de alianças e palanques regionais; como fiador da reeleição de Dilma, Renan já atrai a ira de um grupo de senadores que se definem como “independentes”.
Dois caciques da política, o ex-presidente Lula e o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), chamaram para si uma missão espinhosa e delicada. Os dois assumiram o compromisso de juntar os cacos da aliança entre PT e PMDB, que quase ruiu depois dos protestos de junho, sedimentando o caminho para a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O primeiro gesto foi dado na última terça-feira, quando, em passagem por Brasília, Lula fez questão de visitar Renan, acompanhado de vário senadores dos dois partidos, como Wellington Dias (PT-PI), Jader Barbalho (PMDB-PA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC) e Romero Jucá (PMDB-RR), além governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT.

A iniciativa visa reconstruir a confiança, num momento de tensão entre os dois partidos. Recentemente, setores do PT, liderados pelo governador gaúcho Tarso Genro, chegaram a propor o rompimento da aliança com o PMDB. Peemedebistas também ficaram incomodados com a presença do ministro Gilberto Carvalho, numa manifestação contra o governador Sergio Cabral, do Rio de Janeiro. E a desconfiança recíproca cresceu diante da movimentação do PMDB da Câmara, especialmente do líder Eduardo Cunha, em ações que contrariam o Palácio do Planalto !“ sem contar, é claro, com a aprovação do orçamento impositivo.

A relação se esgarçou a tal ponto que o próprio vice-presidente Michel Temer, orientado pelo ex-ministro Eliseu Padilha, chegou a redigir uma nota sinalizando o fim da aliança que reelegeu Lula em 2006 e elegeu a presidente Dilma em 2010.

Ciente do papel do PMDB, Lula encontrou em Renan o interlocutor ideal para reconstruir a ponte e sedimentar o caminho para a reeleição da presidente Dilma, em 2014. Os dois combinaram novas conversas, que passam, inclusive, pela discussão de palanques e alianças regionais. Um primeiro reflexo, por exemplo, pode acontecer no Pará, onde o ex-deputado Paulo Rocha, do PT, desistiria para apoiar o filho de Jader Barbalho, Helder Barbalho. No Distrito Federal, onde Tadeu Filipelli, atual vice-governador, cogitava sair para disputar o Buriti, será amarrado seu apoio a Agnelo. E assim será feito em vários estados !“ mesmo nos mais delicados, como o Rio de Janeiro, onde Lindbergh Farias enfrenta o PMDB, ou na Bahia, onde Geddel Vieira Lima desafia o PT.

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Como fiador da aliança PT-PMDB, Renan já atrai a ira de um grupo de senadores que se define como os “independentes”. São paralamentares como Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE), Pedro Taques (PDT/MT), Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), Ana Amélia (PP/RS), Aloysio Nunes (PSDB/SP), àlvaro Dias (PSDB/PR), Cristovam Buarque (PDT/DF) e Randolfe Rodrigues (PSol-AP), que têm se reunido para discutir formas de colocar cascas de banana no caminho do presidente da casa.

Há suspeitas até de que esses parlamentares ajudariam a estimular, nas redes sociais, o movimento “Fora, Renan”. E que provavelmente não existiria se Renan estivesse levando o PMDB para uma aliança com outras forças políticas.

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