Assassinato de candidato presidencial Fernando Villavicencio: faccionista criminal Los Lobos reivindica responsabilidade
A facção criminosa Los Lobos, a segunda maior do país, admitiu a responsabilidade pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.
O crime abalou o país e levanta preocupações sobre a segurança dos políticos e o impacto desse ato violento no cenário eleitoral.
O atentado a tiros ocorrido na quarta (9/8) mais ajuda aos esforços da extrema direita e do governo neoliberal Guilhermo Lasso de impedir a volta da esquerda no poder, por meio da ex-congressista Luisa González, aliada do ex-presidente Rafael Correa.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais [assista abaixo], os membros mascarados e armados da facção Los Lobos afirmaram a autoria do assassinato de Fernando Villavicencio.
Além disso, eles não apenas reivindicaram o ato hediondo, mas também lançaram ameaças a outros políticos proeminentes, entre eles Jan Topic.
Esse vídeo contém uma mensagem alarmante e sombria, destacando a determinação da facção em fazer valer suas ameaças.
[A matéria continua após o vídeo…]
Os líderes de Los Lobos não apenas assumiram a responsabilidade pela morte de Villavicencio, mas também emitiram um sério aviso aos políticos corruptos, alertando-os sobre as consequências inevitáveis caso não cumpram suas promessas.
Além disso, eles nomearam Jan Topic como um possível alvo futuro, demonstrando a extensão das ameaças que pairam sobre figuras políticas influentes.
As autoridades equatorianas agiram rapidamente, prendendo seis suspeitos que supostamente estavam ligados ao assassinato de Fernando Villavicencio.
No entanto, a relação desses suspeitos com a facção criminosa Los Lobos permanece incerta e sujeita a investigações.
Essa incerteza enfatiza a complexidade das operações das facções criminosas, que muitas vezes operam nas sombras, dificultando a identificação de vínculos diretos.
Com cerca de 8 mil membros, Los Lobos se destaca como uma das maiores facções criminosas do Equador.
Seu foco principal é o tráfico internacional de drogas, com ênfase na cocaína.
Originada de Los Choneros, outra facção criminosa, a Los Lobos expandiu suas operações e influência ao longo dos anos.
A ligação entre Los Lobos e as ameaças proferidas por Villavicencio coloca em evidência a complexa teia de interconexões no submundo do crime.
Até o momento, as autoridades equatorianas não emitiram uma declaração oficial ligando diretamente a morte de Fernando Villavicencio à facção Los Lobos.
A mídia equatoriana ligada ao governo extremista, a exemplo do El Unsiverso, continua silente sobre a reivindicação do ataque pela facção criminosa.
A investigação está em andamento, e é essencial que as autoridades esclareçam os detalhes dessa conexão, aprofundando-se nos motivos por trás desse ato hediondo.
A incerteza em torno dessa ligação traz à tona questões sobre a influência e alcance das facções criminosas no cenário político e social do Equador – o que pode enfraquecer a narrativa do atual governo de Guilherme Lasso.
Fernando Villavicencio, embora tenha ficado em quinto lugar na corrida presidencial, tinha como missão disseminar notícias falsas contra o ex-presidente Rafael Correa que vive no exílio na Bélgica.
A candidata apoiada por Correa, a advogada e ex-congressista Luisa González, de esquerda, tem 44% das intenções de voto para a eleição presidencial no próximo dia 20 de agosto.
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