Jesuítas refutam substituir Paulo Freire por Anchieta

A reitoria do Santuário Nacional São José de Anchieta emitiu nota rejeitando a proposta de substituição de Paulo Freire pelo Padre Anchieta como patrono nacional da educação.

A iniciativa partiu do deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) que, na onda do bolsonarismo, tenta desqualificar o educador brasileiro que é referência mundial.

A instituição afirmou que não pode aceitar o legado do santo católico sendo “instrumentalizado para fins meramente ideológicos” e ainda ressalta a importância de Paulo Freire para o Brasil e para o mundo.

Os sacerdotes afirmam que tanto o padre, que foi canonizado em 2014, quanto o educador Paulo Freire “caminham na mesma direção”.

LEIA TAMBÉM: No desespero, robôs apelam para a censura com #Dia30MeuFilhoNaoVai

Em sua nota, os Jesuítas ainda alfinetaram o governo Bolsonaro ao afirmar que ambos, Anchieta e Freire optaram por estar a serviço da educação dos marginalizados, praticando cada qual em sua época, uma pedagogia do oprimido. Deixaram claro que o santo ainda não pode “ser proclamado patrono da educação em um momento em que a educação não parece ser prioridade na agenda do Brasil”.

Economia

A nota encerra pedindo respeito ao legado de Anchieta informando que o mesmo deve ser “imitado, mas jamais manipulado”.

“O primeiro defensor do meio ambiente não pode ser admirado em um momento em que nossas riquezas nacionais estão ameaçadas. O primeiro indigenista não pode ser reverenciado nesse tempo em que vemos tribos étnicas desamparadas e sendo perseguidas e até expulsas de suas terras”.

As informações são do Portal Extra Classe.