A deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, afirmou nesta segunda-feira (17/7) que a CPMI do Golpe já sabe os nomes das empresas que financiaram os atos golpistas de 8 de janeiro.
“12 empresas do agronegócio são donas de 54 caminhões enviados pro 8 de janeiro”, disse a dirigente petista.
Gleisi anda apresentou detalhes sobre esses financiadores dos atos golpistas: “Juntas, elas têm R$ 412,6 milhões de faturamento anual. 132 caminhões dos 272 enviados a Brasília são de pessoas jurídicas, indicando que empresas financiaram o acampamento no QG do Exército.”
De acordo com a presidenta nacional do PT, os dados estão com a CPMI do golpe que mapeia o dinheiro investido por golpistas contra a democracia.
Sobre a CPMI do Golpe
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do golpe de 8 de janeiro foi criada com o objetivo de investigar os atos ocorridos nessa data, quando manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. A CPMI foi demandada pela oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o argumento de que seria necessário investigar a suposta presença de infiltrados no grupo que realizou as invasões e possíveis omissões do governo em relação à segurança e prevenção dos incidentes.
A composição da CPMI é formada por 32 membros, sendo 16 senadores e 16 deputados federais, além de seus respectivos suplentes. A maioria dos congressistas é aliada ao governo Lula, com 18 parlamentares alinhados ao Planalto (9 senadores e 9 deputados federais), 9 parlamentares da oposição e 5 independentes, que não se declaram alinhados a nenhum dos lados políticos. O deputado Arthur Maia (União-BA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e considerado independente, foi escolhido para presidir a comissão. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi escolhida como relatora, enquanto o senador Cid Gomes (PDT-CE) assumiu a função de 1º vice-presidente. O senador Magno Malta (PL-ES), da oposição, completou a mesa diretora como 2º vice-presidente.
A postura tanto do governo quanto da oposição em relação à comissão variou ao longo do tempo. Inicialmente, a oposição estava empenhada em criar a comissão, pois acreditava ter obtido munição contra o governo com vídeos que mostravam o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto no dia dos ataques. Dias foi acusado de ter sido leniente com os invasores com base no que foi mostrado nas imagens. Ele negou as acusações e posteriormente pediu para deixar o comando do ministério. A comissão foi formalmente criada em 26 de abril, mas sua instalação ocorreu apenas em 25 de maio, na primeira reunião do grupo.
O governo e a oposição têm estratégias diferentes para atuarem na CPMI. Os parlamentares buscarão garantir o controle da composição da comissão e de postos-chave, propagar suas narrativas e utilizar convocações e quebras de sigilo para sustentar suas atuações. Políticos e analistas entrevistados destacaram que essas serão as principais estratégias adotadas pelos dois lados.
Segundo um relatório enviado à CPMI pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), há indícios de conexão entre empresas ligadas ao garimpo ilegal, proprietárias de caminhões e transportadoras privadas, com os atos do dia 8 de janeiro. O relatório revela que 272 caminhões entraram em Brasília a partir de novembro do ano anterior, sendo metade deles de empresas relacionadas ao setor agropecuário. Essas empresas são suspeitas de terem participado dos atos contrários ao resultado das eleições de 2022 que levaram às invasões. O relatório aponta também a existência de uma rede de financiamento, que arrecadava recursos para o grupo golpista. A Abin afirma que essas conexões evidenciam o vínculo entre práticas ilegais, grupos extremistas contrários à eleição presidencial de 2022 e exploração ilegal de recursos naturais.
Essas são as informações disponíveis até o momento sobre a CPMI do golpe de 8 de janeiro. Portanto, fique ligado nas atualização no Blog do Esmael.
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Já que está colocado e pratos limpos, quem financiou a barbárie em Brasília em 08/01/2023, podemos começar a mandar as promissórias para cobrar destas empresas e seus proprietários os devidos ressarcimentos aos cofres públicos pelos prejuízos causados. E também os fazer bancar as despesas dos bolsomínios presos na Papuda e Colméio que está honerando o erário com a manutenção deles por lá. Já que bancaram a quebradeira, nada mais justo que bancarem as despesas dos minions na cadeia também.