Exército Brasileiro conclui que não houve crime de militares no dia 8 de janeiro | Tensão em Brasília

O Exército Brasileiro anunciou, nesta sexta-feira (5/1), os resultados das sindicâncias internas realizadas para investigar os atos ocorridos em 8 de janeiro, que foram classificados como golpistas.

Após analisar os atos golpistas, ocorridos há quase um ano, as conclusões apontaram a ausência de indícios de crimes nos casos investigados.

Contudo, destacou-se que houve punições disciplinares aplicadas a militares envolvidos, em virtude de transgressões disciplinares relacionadas à conduta e aos procedimentos adotados durante a ação que teve lugar no Palácio do Planalto.

O relatório do Exército Brasileiro deixaram as coisas tensas em Brasília, nas vésperas do ato programado para segunda-feira, 8/1, organizado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), justamente para condenar os atos golpistas perpetrados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), militares, policiais, agentes da Abin, da PF, empresários, enfim, vários atores que hoje enfrentam um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

Sindicâncias internas e resultados

As sindicâncias internas conduzidas pelo Exército Brasileiro foram realizadas com “rigor” e “imparcialidade”, garantem os militares, visando a uma avaliação detalhada dos eventos ocorridos no mencionado dia.

Apesar da ausência de indícios de crimes, dois militares foram submetidos a punições disciplinares como resultado das investigações – ressaltaram.

Economia

Puniações disciplinares

As punições disciplinares aplicadas referem-se a transgressões disciplinares em relação à conduta dos militares durante os acontecimentos de 8 de janeiro.

O Exército adotou uma postura firme ao condenar procedimentos que não estivessem em conformidade com os princípios e valores que norteiam a instituição.

Inquéritos Policiais Militares e Processos Administrativos

Além das sindicâncias internas, foram instaurados quatro inquéritos policiais militares e outros quatro processos administrativos com o objetivo de apurar eventuais crimes ou desvios de conduta por parte de militares.

Após a conclusão desses inquéritos, os resultados foram encaminhados à justiça militar, que, até o momento, proferiu uma condenação envolvendo um coronel da reserva do Exército.

Marinha: Procedimentos Administrativos

A Marinha do Brasil também se pronunciou sobre os acontecimentos de 8 de janeiro, informando que instaurou procedimentos administrativos contra três militares.

Entre eles, estava um oficial reformado que foi fotografado em frente ao Congresso Nacional.

Além disso, um praça reformado, que havia sido preso pela Polícia Militar do Distrito Federal, viu a denúncia ser arquivada pela justiça militar.

Por fim, uma praça da reserva, também detida pela PM, responde em liberdade provisória como ré em um processo no Supremo Tribunal Federal.

Compromisso com a legalidade e transparência

Tanto o Exército Brasileiro quanto a Marinha reiteraram seu compromisso com a legalidade, ética e transparência na prestação de informações à sociedade.

Ambas as instituições enfatizaram a importância de conduzir investigações rigorosas e imparciais, demonstrando responsabilidade perante os eventos em questão.

Posicionamento da Força Aérea

A Força Aérea Brasileira não se pronunciou sobre o assunto quando procurada para comentários.

Este comunicado do Exército Brasileiro e a manifestação da Marinha do Brasil representam os desdobramentos das investigações em curso, buscando esclarecer os eventos ocorridos em 8 de janeiro.

As duas forças afirmam que primaram pela transparência e a observância da legalidade, que são princípios fundamentais que orientam suas ações, e que isso demonstram seu compromisso com a sociedade e a democracia.

A declaração impactante de Lula

Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações surpreendentes ao jornal O Globo, afirmando que existia um suposto “pacto” entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a Polícia do Distrito Federal e a Polícia do Exército durante os ataques que ocorreram em Brasília no dia 12 de dezembro de 2022.

Os eventos dessa data marcante incluíram a queima de veículos e uma tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, bem como um atentado frustrado com uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília, na véspera de Natal daquele ano.

A situação culminou com a invasão das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro do ano seguinte.

Segundo Lula, durante os tumultos que se desenrolavam diante de seus olhos, havia uma atuação aparentemente coordenada, envolvendo tanto o ex-presidente Bolsonaro quanto o governador Ibaneis Rocha, além das forças policiais do Exército e do Distrito Federal.

O presidente Lula foi contundente ao afirmar que esse caos não poderia ter acontecido sem o aval do Estado.

Suas palavras deixaram em aberto a possibilidade de policiais federais também terem participado dessa ação, o que torna o cenário ainda mais complexo.

Nesse contexto, é importante destacar que as autoridades estão investigando a participação de militares e membros da Polícia Militar do Distrito Federal nos eventos considerados golpistas.

Diante dessa conclusão do Exército Brasileiro, o jornalista, escritor e articulista Milton Alves – que pede punição exemplar aos golpistas, sem anistia – foi lacônico: Jesus, me abana!

Uma resposta para “Exército Brasileiro conclui que não houve crime de militares no dia 8 de janeiro | Tensão em Brasília”

  1. Isso tem nome o que o Exército Brasileiro publicou, cooperativismo e falta de vergonha na cara. Está mais do que claro que teve Generais da reserva e da ativa envolvidos nisso, está tudo documentado. Só é que estes milicos se acham a cereja do bolo. Já está na hora de por este milicos nos seus devidos lugares, e o fazerem entender que 1964 é NUNCA MAIS. Chega de darem aval à milicada. O trabalhador brasileiro civil não tem as mordomias deles e se um deles mija fora do pinico, vai para a reserva com o salário integral ou se expulso a “viúva” fica com o saldo do “vivo morto”, o civil para a cadeia e a “viúva” desamparada, isso é uma tremenda falta de vergonha e de respeito ao povo brasileiro. Já está na hora de acabar com estas forças armadas, que só oneram o Brasil e não dão retorno algum ao país. Para mim, tem que jogar este relatório deles no lixo e abrir junto ao STM uma ação de investigação séria. Porque o brasileiro não é bobo ou burro como eles acham. só o gado do Bolsonaro que é deste nível. Prisão a todos com farda ou sem farda.

Deixe um comentário