Bolsonaro reclama de facada nas costas após ficar inelegível até 2030

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu às recentes decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o considerou inelegível até 2030 devido a ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Durante uma entrevista em Belo Horizonte, Bolsonaro comparou sua inelegibilidade a uma facada nas costas, fazendo referência ao atentado que sofreu em 2018.

A decisão do TSE foi baseada nos ataques feitos por Bolsonaro ao sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022. O tribunal considerou que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por parte do ex-presidente.

Com essa determinação, Bolsonaro fica impedido de concorrer nas eleições de 2024, 2026, 2028 e 2030. No entanto, Walter Braga Netto, ex-candidato à Vice-Presidência na mesma ação, foi absolvido pela Corte Eleitoral.

Durante a entrevista, Bolsonaro também expressou descontentamento com a Justiça Eleitoral, sugerindo que ela agiu contra sua reeleição nas eleições de 2022. Ele mencionou a proibição de realizar “live” em sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e criticou aqueles que consideraram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro como uma tentativa de golpe, chamando-os de “analfabetos políticos”.

Questionado sobre o medo de ser preso após a decisão do TSE, Bolsonaro desafiou os críticos a apresentarem motivos concretos para sua prisão.

Vale destacar que Bolsonaro estava em Belo Horizonte para participar do velório do ex-ministro da agricultura Alysson Paolinelli e retornaria a Brasília em seguida.

Economia

A decisão do TSE tornando Bolsonaro inelegível até 2030 tem repercussões significativas no cenário político do país. O ex-presidente perde seu status de principal antagonista político do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), exigindo uma reestruturação de sua base de apoiadores para que um novo nome herde o capital eleitoral deixado pelo ex-presidente.

Ao menos três governadores – Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Ratinho Jr. (PSD) – agora lutam entre os escombros para herdar o bolsonarismo nas eleições de 2026.

Com essa inelegibilidade, Bolsonaro enfrentará desafios para exercer influência política nos próximos anos, além de ter que lidar com as consequências jurídicas de suas ações.

O TSE reforça a importância da democracia e do Estado de Direito, ressaltando que a decisão está fundamentada nas premissas essenciais que devem ser observadas nas eleições de 2022.

Por sua vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que vai recorrer da decisão do TSE, após embargos, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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